segunda-feira, 30 de setembro de 2013

VIÇOSA!


Há pouco tempo, indignada principalmente com a sujeira e com o descaso da administração pública com a cidade, postei aqui um texto intitulado: VIÇOSA?
Criticamos, às vezes somos chamados de ranzinzas, porque queremos uma cidade cada vez melhor. Hoje, aniversário de Viçosa, não podia ser data mais apropriada para a gente mostrar o que nos dá orgulho e demonstrar nossa vontade de congratular-se com a terra.
Aqui temos tantas coisas boas, que fica difícil enumerar. Mas me arrisco assim mesmo e começo evidenciando o que percebo como o  melhor: o acolhimento. Esta cidade, que, não por acaso vive cheia de forasteiros, é extremamente acolhedora. Eu mesma vim pra cá em busca de oportunidade de estudar e trabalhar. Em ambas, fui contemplada com o que há de melhor: cursos de qualidade, em uma universidade de primeira linha e um mercado de trabalho ávido por pessoas qualificadas e dispostas a trabalhar.
Sem título - Zé Antônio Sant' Anna (2000)

Aqui me casei e tive minhas filhas, hoje me considero viçosense. Minha história passa-se, em sua maior parte, nessas terras. Poderia, como vários amigos, viver em outros lugares, mas escolhemos ficar, porque, o melhor que temos e que certamente nos atrai é a  possibilidade de conviver com uma gente bacana. Por sermos uma cidade universitária, o  padrão cultural de grande parte da população é bastante elevado. Assim encontramos o tempo todo com gente culta e antenada. Ao mesmo tempo, e creio que também por ser uma cidade universitária, é um povo despojado. Raramente vemos pessoas se vestindo de terno e gravata, por exemplo, ou demonstrando afetação em seus modos. A maioria das pessoas é simples, porém bem informada.  Fala-se de ciência a todo o momento e também de cinema, de literatura, de artes e de politica.  Viçosa é, além de tudo, uma cidade  pouco preconceituosa.
Bordados em ponto cruz 
Temos um ambiente cultural vivo e vibrante com as mais diversas manifestações. Gente como Zé Antônio Sant´Anna, artista plástico de primeira grandeza, e muitos outros, vivem por aqui. Temos a festa de Santa Rita e o grupo de Congado do Airões.  
O artesanato local é lindo, nossos bordados em ponto cruz viajam pelo mundo. A culinária é maravilhosa e certamente influenciou a indústria que consegue produzir o melhor doce de leite e  faz queijos pra ninguém botar defeito.
Encravada no meio de montanhas, Viçosa tem um clima agradável, com temperaturas amenas e, em grande parte do ano, um  frio gostoso. E, para os que têm preocupação com a saúde, como é o meu caso, temos algo muito bom: a melhor e mais linda pista de caminhada que conheço.
Pista de caminhada da UFV
Preciso dizer mais? Ah, sim. Para os amantes das flores e da natureza,  temos um charme extra: a Unidade de Pesquisa e Conservação de Bromélias da UFV, que é espetacular e que, em minha opinião, é nosso melhor cartão postal.
Unidade de Conservação de Bromélias

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

AINDA CASAMENTO NO SÍTIO


Como disse no post anterior, vou mostrar mais alguns aspectos da decoração de um casamento feito à tarde, no horário das 17:00 h, em um sítio. Como já havia dito, o sítio é muito bonito e bastaram algumas intervenções para tornar o local e o evento deslumbrantes.
Antigo cocho de tratar de bois virou um cachepot
com orquídeas epidendros
Carrinho de mão enfeitado com bromélias
 de cores variadas
No casamento em questão houve uma cerimônia bem fora do comum, pois a “celebração”, embora tenha envolvido alguns costumes de praxe, como a entrada dos noivos com os pais, não contou com grande parte dos ritos habituais.


O “altar” foi montado em frente à pequena queda d´agua existente no local e a celebração foi conduzida  por uma mulher. Foi uma cerimônia linda e emocionante, um culto ao amor,  à celebração da amizade e uma reverência à natureza soberana no local.
O altar em frente à queda dágua
A decoração privilegiou o aproveitamento de elementos já existentes no local e que foram integrados à tenda construída para o evento e a alguns poucos acessórios adicionados ao ambiente. Obteve-se um resultado muito elegante, porém bastante casual, como foi a intenção.


Caminho para a chegada da noiva - Arranjos com flores tropicais
Velho bule enfeitado com flores do campo
Musas, papiros e pleomele compõem
arranjo em vaso de cerâmica

sábado, 21 de setembro de 2013

CASAMENTO NO SÍTIO

Para a alegria de toda a família que é bem roceira, nosso sobrinho mais velho resolveu casar-se no sítio. Tendo ele e sua menina optado por algo menos convencional, a escolha da localidade foi perfeita. Estamos ainda nos preparativos que incluem, claro, a decoração. Como a família da noiva é bastante descolada, optamos por uma decoração rústica, baseada em plantas tropicais e flores do campo.
Carro de bois, transformado em suporte decorativo
O local é muito bonito, daí a decoração precisou servir apenas como um complemento, para tornar o ambiente mais festivo. Além de tudo a época escolhida não podia ser melhor. O início da primavera deixa a o lugar ainda mais exuberante.
Antigos latões de leite, mais vaso de cerâmica e palha
receberam tangos e flores do campo
Na entrada do sítio havia um velho carro de bois no meio do gramado, à beira do lago. Começamos por ele, colocando bromélias variadas, todas bastante coloridas. Não precisou muito esforço para ficar bonito.
Na varanda com piso de madeira, aproveitamos antigos latões de leite que foram transformados em "cachepots"  para colocar tangos e flores do campo.
Posicionamos o "altar" onde será realizada a cerimônia, à frente do moinho d´água, que teve uma placa de bromélias afixada na parede branca.
Moinho d´água  ao lado da viuvinha florida.
E para a chegada noiva, decoramos o caminho com arranjos tropicais utilizando musas, alpíneas  e helicônia, também colocadas em vasos de barro.
Por enquanto ficamos assim, que preciso me preparar para o casório que é daqui a pouco. Depois vou mostrar mais detalhes da decoração, que, modéstia à parte, ficou um espetáculo. Totalmente coerente com o jeito simples das famílias, porém de muito bom gosto.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

SEMANA DO FAZENDEIRO


A Semana Do Fazendeiro é um evento quase secular de nossa UFV, nascido que foi nos primeiros anos da Universidade. O encontro vem se mantendo ao longo dos anos, como sua mais importante ação extensionista. Talvez, com exceção das formaturas, seja dos raros momentos em que a população de Viçosa e a do seu entorno realmente frequentam o campus.
Elitista desde o seu nome, a Semana, segundo alguns, deveria chamar-se Semana do Agricultor. Também acho mais adequado, tendo em vista que em nossa região praticamente não há fazendeiros, sendo  esse nome mais convidativo, ou mais atraente aos pequenos produtores rurais e aos agricultores familiares, estes sim predominantes por aqui. Mas enfim, não se espere pela mudança. Só recentemente temos visto alguns tímidos passos no sentido de deselitizar (nem sei se essa palavra existe, se não, fica inventada), a universidade brasileira, historicamente elitista e excludente.
As exposições e a feira que fazem parte do evento são muito frequentadas pela população, havendo momentos em que os corredores entre as lojas ficam praticamente intransitáveis. Para quem vive numa cidade pequena, com comércio pouco variado e limitadas opções de lazer, ir à Semana do Fazendeiro acaba sendo uma opção bacana. Neste ano, em minha percepção, melhorou a qualidade dos produtos expostos, embora, ainda haja nítida carência de boa comida mineira.
Aquisições desta Semana do Fazendeiro:
Kinkan e Nectarina já produzindo
Além dessa falta, o que me deixa intrigada é a qualidade da música tocada no evento. Tão seletiva em diversos aspectos, não entendo porque a equipe responsável pela preparação e execução da Semana permite essa aberração. Tenha dó. Em um país que tem Gonzagas, pai e filho, Alceu Valença, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e tantos, tantos outros tão bons, é quase uma tortura sacrificar  nossos ouvidos com Michel Teló, Naldo e  Gustavo Lima.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CRÔNICAS DO DIA A DIA - Mil Faces em Cada Um

Geralmente vivemos a rotular as pessoas. Esse é talentoso, a outra acomodada ou criativa. Tal conduta é corriqueiramente vista como mais do que normal. O que é um equívoco dos grandes. 
Pior ainda quando estabelecemos chancelas para grupos:  - a turma é desinteressada, ou os estudantes de publicidade são talentosos. São exemplos do que se fala no dia a dia.
Quanta firula! Ninguém é um só, ao contrário. Dentro de cada um  cabem centenas, milhares de perfis e nem listando todos eles se descreve com precisão um indivíduo. 
Ando pensando nisso ao refletir sobre o que tenho escrito neste Blog. Ainda bem que avisei desde o início que assuntos variados passariam por aqui. É o que tem ocorrido.
Um dia, placidamente, a dona de casa que há mim lembra daquela receita gostosa, e ela vem parar aqui. Às vezes a professora de Administração está mais evidente e surgem temas pouco  amenos, típicos do mundo organizacional. Noutras, a cidadã está indignada, pelas bizarrices que vê por aí, então se fala de gestão pública e criticam-se as asneiras cometidas pelos detentores do poder, especialmente do poderzinho local. Em alguns dias, mais assanhada, a artista que desejo que more em mim, emerge corajosamente e exponho algumas criações. Pode ser a composição de um canteiro, de um arranjo floral, um estandarte bordado, ou coisinhas escritas. Como essa Dor que incomodou-me muito em certa ocasião e precisou ser expressa nesse gemido, que, não sei porquê, hoje desejei mostrar. 

DOR

Confinamento num mundo sem cor.
Numa das alas, parada cardíaca.
Na outra, choque anafilático
Próximo à infecção generalizada.
Resignação transitando ao redor.

Jovens meninas de aventais brancos
Combatem. Atenção permanente
O estetoscópio no pescoço
Olhares atentos aos painéis
Mãos ao alcance do desfibrilador.

A maca passa com o operado
Saindo do centro cirúrgico.
Rumo ao tratamento intensivo.
Sinais gráficos na tela do computador
E uma sombra negra no corredor.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Gostosuras - Patê de Cebola

Receitas andam sumidas do blog, dizem minha meia dúzia de leitores. É verdade, há tempos que não compareço por aqui trazendo uma proposta de comida gostosa. Pode ser reflexo da minha esforçada tentativa de não ganhar peso. Mas enfim, nosso esforço nutricional não pode também nos privar de todas as delícias, embora a maioria delas seja condenada pelos adeptos de dietas pouco calóricas. Todavia, como nos orientam os nutricionistas, não precisamos nos privar de gostosuras, basta apenas que o consumo seja moderado. Ou melhor: muito moderado. Aí mora o perigo. Como, diante de um patê desse, comer com tanta parcimônia? A proposta é: coma, e depois vá caminhar uns doze quilômetros e, se aguentar, corra mais alguns. É bem certo que todas as calorias adquiridas sejam queimadas na caminhada e que, de quebra fortaleçam-se as panturrilhas. 
Ótimo acompanhante para pão sírio ou torradas, esse patê pode servir de entrada ou tira gosto.
O patê vai muito bem com pão sírio

PATÊ DE CEBOLA 
Ingredientes
1 k de cebola 
1 tablete de caldo de galinha 
1/2 xícara das de chá de vinagre
12 azeitonas pretas
10 colheres das de sopa, de maionese
1 lata de atum

Modo de Preparo
Pique as cebolas no sentido vertical
Leve-as ao cozimento em uma panela com tampa, com 250 ml de água, o tablete de caldo de galinha e a meia xícara de vinagre. Cozinhe por 20 minutos ou até que o caldo praticamente seque. Despeje em um escorredor e deixe até que não fique vestígio do caldo. Coloque em uma vasilha de vidro, com tampa e leve à geladeira por doze horas. Depois acrescente as azeitonas picada bem pequenas, o atum bem escorrido e a maionese. Misture bem e está pronto. Se desejar acrescente salsinha picada e uma pitadinha de pimenta.