sexta-feira, 27 de junho de 2014

CONVERSA DE JARDINEIROS - JARDINS DO AGRESTE

Nesses tempos de copa do mundo no Brasil, fica difícil não falar do assunto, até mesmo para os que não são amantes do futebol, como é o meu caso.
Então com o nacionalismo em alta, podemos mostrar que não somos bons apenas no futebol e no samba.   
Assim como na moda e na arquitetura, é de se perguntar, se no paisagismo, há um estilo brasileiro.
Com uma flora tão diversificada como a nossa e criativos que somos, creio poder afirmar que sim, temos jardins tipicamente nossos. Há outras opções, além daquelas que, exuberantemente expõem a riqueza da vegetação de regiões mais úmidas como a Mata Atlântica,  com sua profusão de bromélias, orquídeas e palmeiras. Ouso dizer, mesmo sem se uma especialista da área, que ostentamos jardins genuinamente brasileiros, quando adotamos espécies de nosso cerrado, da caatinga, do semiárido, tão ricos e plenos de espécies ornamentais.
Cereus brasiliensis - mandacaru,
brasileiro até nas cores
É possível criar espaços com a cara inconfundível do Brasil mais seco. Os chamados jardins do agreste, além de inegável beleza, formas esculturais e imagens exóticas, apresentam uma série de outras vantagens como, por exemplo, grande rusticidade e fácil manutenção, adaptabilidade das plantas e variedade  de cores e formas.
Canteiro composto com cactos
(jardim botânico do Rio)
Canteiro com cactos e agaves
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Porque acredito que, de áspera já basta a vida, tenho que confessar que não cultivo cactos, nem agaves, geralmente bastante espinhentos. Mesmo assim, não deixo de me encantar com sua beleza. Além desses,  para compor jardins nesse estilo, podemos incluir nolinas, suculentas e jatrofas, todas com formatos esculturais, florações variadas e reduzida exigência de água.


Para se encantar com imagens deslumbrantes de cactos, suculentas e outras espécies de semiárido, muito deles floridos, vá em:

domingo, 15 de junho de 2014

DECORAÇÃO PARA FESTA JUNINA EM TEMPO DE COPA DO MUNDO

Decorações para festas juninas podem ir muito além das tradicionais bandeirolas de papel de seda. Especialmente este ano que estamos sediando a copa do mundo.
Doces verde e amarelos
Pimenteira e fantoche
Neste 2014, o dia de Santo Antônio caiu numa sexta feira de lua cheia. A noite estava tão clara e bonita que praticamente dispensava outra iluminação. Fiz como nas festas da roça de antigamente.
lanterninhas  distribuídas entre as plantas
Utilizei lanternas com velas, lamparinas e tochas a querosene espalhadas pelo jardim e dispostas nas colunas.
Tochas no jardim

Lamparina de cobre a querosene
Nos canteiros e vasos coloquei espantalhos feitos de materiais diversos como sabugos de milho,  bucha vegetal, retalhos bem coloridos e chapéus de palha.
Fantochinha

Fantochinho
Nas mesas utilizei cestaria de bambu e vasilhas de cobre para colocar os petiscos, dispus chapeuzinhos de palha enfeitados com fita verde amarela e um vaso com pimenta ornamental também nessas cores.
Chapeuzinhos de palha e
laços de fita verde-amarela
Estandarte e lanterna
E, claro expus meus estandartes dos Santos Juninos, Santo Antônio, São João e São Pedro.
Casalzinho simpático
Acrescentei o de Nossa Senhora Aparecida, por ser uma santa bem brasileira e porque utilizei as cores do Brasil para compô-lo.
Tudo feito a quatro mãos com a indispensável ajuda de minha querida cunhada Rosilene, uma artista e tanto.

terça-feira, 10 de junho de 2014

A COPA DO MUNDO É NOSSA

Não. Não estou cantando vitória antes do tempo. Nem poderia fazê-lo já que de futebol não entendo bulhufas e, mais, nem gosto.
Quanto iniciei o blog adiantei os assuntos que abordaria por aqui e creio ter afirmado na ocasião, que futebol e esportes no geral, provavelmente não seriam comentados, pois são temas que não me interessam.
Agora, a Copa do mundo está aí, ou melhor, aqui. Apesar da polêmica que gerou nas questões relativas aos gastos ou investimentos realizados para a sua concretização, o evento é importante para o povo brasileiro e não pode deixar de ser assunto do blog nesta semana, mesmo que seja somente para dar uma “arranhadinha” no tema.
Ruas enfeitadas de verde e amarelo.
Bandeiras tremulando
Quando, repetindo o bordão da música, afirmo que  a Copa do Mundo é nossa, refiro-me à paixão que os brasileiros no geral nutrem pelo futebol. Gostemos ou não, esse esporte e a seleção brasileira constituem um dos aspectos mais arraigados da cultura nacional. Encontram-se fortemente consolidados em nossos costumes e tradições e não apenas porque somos os melhores, os únicos pentacampeões do mundo em copas da FIFA, mas porque “é  paixão nacional”. E paixão, como se sabe, não se explica, apenas se curte.
A partir desta semana está dada a largada. Bandeiras brasileiras tremulando por todos os lados, ruas enfeitadas. Quem não quiser ouvir falar de futebol, ou fica irritado com as comemorações e a barulheira nos dias de jogos do Brasil, é melhor viajar para bem longe, porque nesse território, não adianta “chiar”, estamos por conta da mais forte manifestação cultural do nosso povo.

terça-feira, 3 de junho de 2014

SUEC – Salão Universitário de Expressão e Criatividade

O  SUEC, Salão Universitário de Expressão e Criatividade é um evento promovido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), por intermédio de sua Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC), “voltado para docentes, servidores técnico-administrativos e discentes dos três Campi da UFV”  e tem como objetivos: a) estimular a produção artística e cultural dos membros de sua comunidade universitária, atendendo às políticas culturais e afirmativas da Instituição; b) incentivar e promover experiências criativas e inovadoras nas áreas artística e cultural para todos os públicos; e c) impulsionar a criação autoral dos membros da comunidade universitária, incentivando a permanência de trajetórias artísticas.  
O Salão existe há décadas, mas andava “fora do ar”, há algum tempo. Neste ano felizmente, ressurgiu e propôs-se a  selecionar e premiar expressões culturais nas seguintes linguagens artísticas:
 -  Artes Visuais;
 - Audiovisual;
 - Dança;
 - Literatura;
 - Música; e
 - Teatro.
            Na linguagem Artes Visuais, além de fotografia e artes plásticas, nessa edição foi incluída a modalidade artesanato. Nessa categoria,  inscrevi os meus três santinhos, com o nome de Festa Junina, com Santo Antônio, São João e São Pedro. Essas três peças foram as minhas primeiras produções e as fiz no ano passado, para decorar a festa junina.
Ontem à noite foram anunciados os premiados nas linguagens Artes Visuais e Literatura e, para minha alegria, meu trabalho foi um dos selecionados. Fiquei feliz não somente com o resultado, mas também pela iniciativa da PEC em retomar esse evento tão importante para a comunidade universitária e viçosense e por terem incluído a categoria artesanato dentre as Artes Visuais.
São João, São Pedro e Santo Antônio, (Festa Junina)
conjunto premiado na linguagem Artes Visuais
Identificação da Obra - M. I. da
Saudade, toda prosa.
O artesanato, especialmente o bordado, mesmo depois de Arthur Bispo do Rosário,  é visto por muita gente como o “primo pobre” das manifestações artísticas e culturais. O fato de a UFV tê-lo incluído no SUEC representa um reconhecimento à riqueza, diversidade e inegável beleza do artesanato brasileiro em suas mais diversas manifestações.
 As obras estão expostas no saguão do Centro de Vivência no Campus de Viçosa e a premiação será na sexta feira desta semana às 19:30 h, no espaço cultural Fernando Sabino.


 Nota: Infelizmente a iluminação da mostra não está boa. Considerando que a fotógrafa aqui também não é das melhores, a qualidade das fotos não ficou essas coisas.