sexta-feira, 27 de março de 2015

Olhar de Luz - Texto sobre foto de Sebastião Salgado

É batata! Sempre que retomamos um texto escrito há algum tempo, percebemos o quanto ele pode ser melhorado. Na intenção de divulgar o meu primeiro prêmio literário (sic), hoje  fui buscar a redação, com a qual ganhei o concurso promovido pela ASPUV – Associação de Professores da UFV e sua Divisão de Assuntos culturais no ano de 2007. Não resisti à tentação de editá-lo. Somente assim e ainda não totalmente segura, publico o texto que intitulei “Olhar de Luz” produzido a partir de fotografia de Sebastião Salgado. Essa participação foi muito importante para mim, porque foi a partir dela que me encorajei a mostrar outros escritos.
Então seguem: primeiramente a redação e a  foto que a inspirou. Depois a notícia do prêmio.  

OLHAR DE LUZ
Que dizem os olhos deste menino, tão negros e claros de luz?  Brilhando com tal intensidade, o que  insistem em  falar  diante de tanta  escuridão? 
− A partir da luz, o mundo foi criado. Sem ela não há vida. “E  fez-se a luz”. Assim está escrito. 
Pela luz muitos esperam, em noites insones, diante da doença, que sempre se agrava nas horas escuras; da miséria, que é mais triste quando o sol se põe; do perigo e do mistério, que se intensificam na obscuridade. Mas, o brilho que emana dos olhos do menino é capaz de consolar dores, atenuar a perplexidade diante da morte, ou a impotência em presença da vida.
Com olhos tão iluminados, o menino pode estar a dizer que ele é alguém, que habita lugares imagináveis, inclusive certo espaço dentro de nós; que há um nome para ele e um território que devia ser seu lugar; que é portador de sonhos, que precisa brincar, pertencer  e sorrir. Isso seus olhos dizem. Falam de vida: de necessidades humanas, anseios e privações.
Todos podem olhar o menino e ver a luz que brota de seus olhos. Poucos percebem que, num diálogo silencioso, ela pode clarear almas e corações e até evitar certos desatinos. E que, diante da força suave desse brilho, o mundo  pode ser melhor.
Como poderiam sentimentos tristes e cruéis, mesquinhamente humanos, resistir diante de um abraço deste menino, que sozinho fixa suas mãos no sentar? Quem pode pegá-lo no colo e compreender seu mundo, pra que o fulgor dos seus olhos se propague? É possível acreditar que essa força ilumine trevas e atenue medos; faça brotar sentimentos nobres adormecidos à espera apenas do olhar doce de um garoto perdido em um lugar qualquer. Esse pequeno, seu olhar tão meigo e suas mãos tão magras podem provocar um engasgo, uma falta de jeito, algo inexplicável: um despertar de consciência, ou o encantamento diante da beleza. E alcançar pensamentos e mãos que se achavam impotentes, colocando neles intensa energia, que possibilite levar pessoas a agirem de novas maneiras.
Diante deste menino que, à primeira vista, parece nada ter, uma utopia teima em proliferar-se no mundo carente de luz. E insiste em crer que essa doce visão infantil, ao penetrar profundamente em outros olhares, pode iluminar corações endurecidos. Esse enigmático e profundo olhar, perplexo diante das maldades e da intolerância, pode dar de comer ao espírito humano. Conhecimento, segurança, posses, valem menos diante do brilho desse olhar; pois ele lembra que toda a infiel certeza e a mais pretensa sabedoria podem ruir, a qualquer momento, como um castelo de areia.
Esses olhos e sua luz, − quase uma súplica, são mais que um apelo. Quem se deixa penetrar por eles, nunca mais poderá ser o mesmo. A clareza que brota desse semblante  indica que a intensa chama existente no olhar dessa criança, pode estar em cada uma das pessoas. Pois ela surge a partir do insondável, do mistério da criação, da curiosidade da existência e da impossibilidade de permanecer indiferente diante da incomensurável beleza e do misterioso fascínio da vida.  


1/11/2007 - DAC e ASPUV divulgam resultado do Concurso de Redação – Imagens da Vida
A Divisão de Assuntos Culturais (DAC) e a ASPUV - Seção Sindical dos Docentes da UFV divulgaram, esta semana, o resultado do Concurso de Redação – Imagens da Vida, inspirado em fotografia de Sebastião Salgado. Participaram do concurso estudantes e professores de escolas públicas e particulares de Viçosa. Cada candidato pôde escolher uma das obras que fazem parte do acervo da ASPUV e ficaram expostas no Hall da Biblioteca Central da UFV.
No módulo I , destinado a estudantes universitários,  professores e demais profissionais a vencedora foi Maria Inês do Carmo, autora da redação “Olhar de luz”No módulo II , para estudantes do ensino médio, venceu Bruna Raphaella Rodrigues da Silva Acácio,  com a redação “Olhares de súplica”.
Além das duas vencedoras foram classificadas as seguintes redações: “Novo dia”, de Ana Carolina Ramos Silveira; “Fuga efêmera”, de Clara Moreira de Andrade, “O sol de Kibumba”, de Cláudia Gomes de Castro;“Esperança Feminina”, de Hamy Carnelós Pedrosa; “Uma realidade desigual”, de Jairo Barduni Filho, “De olhos abertos para o mundo”, de José Alexandre Fonseca; “O Paganismo, por um fio”, de Júnia Alencar Diniz; “O fetiche da Metrópole”, de Luciana Soares de Morais; “Varrendo a Cidade”, de Maria Inês do Carmo; e “Reflexos da Esperança”, de autoria de Sabrina Areias Teixeira.
As redações vencedoras de cada módulo receberão o prêmio de R$ 1 mil. As demais que se destacaram poderão ser publicadas pela ASPUV em um livro. A solenidade para premiação está marcada para quinta-feira, dia 29,  às 19h30, na sede social da ASPUV, localizada na Vila Giannetti, Casa  52. (Grifo meu)
(Léa Medeiros. Fonte: Elaine Cordeiro/ASPUV)



Foto: Sebastião Salgado

Obs.: a foto Retrato de Criança 2, faz parte da coleção Retratos de Crianças do Êxodo, cuja reprodução pertence ao acervo da ASPUV – Associação de Professores da Universidade Federal de Viçosa, e que esteve  exposta no saguão da Biblioteca Central da UFV durante o período do concurso.

quarta-feira, 18 de março de 2015

HISTÓRIAS DA QUARESMA

“Todas as encruzilhadas – mas somente à meia noite; todos os caminhos na quaresma – com os lobisomens e as mulas-sem-cabeça, ....” (Guimarães Rosa em:  Sagarana, P. 202)

Se você não é pessoa corajosa o bastante, melhor não andar por Minas no período da Quaresma. Nessa época, por aqui, correm soltos e costumam aparecer para os desavisados, entes esquisitos, como fantasmas, espectros e assombrações. Há lugar  para tudo e mais alguma coisa que a imaginação popular cria, reconta e preserva de geração em geração.
Em minha bucólica infância rural, ninguém precisava dizer às crianças que tempo era. A chegada da Quaresma anunciava-se pelo florescer das árvores roxas que salpicavam a mata, pontuando de tristeza a capoeira verde e de receio o coração medroso da meninada. Era a época em que os santos ficavam cobertos com panos roxos, nas igrejas e nas casas. Lá fora o perigo rondava, especialmente à noite: a mula sem cabeça andava desembestada, aparecendo para qualquer um, e o  lobisomem surgia com mais frequência e não apenas nas encruzilhadas, ou  nas noites de lua cheia, como no resto do ano.
Era o tempo de recolher mais cedo. Quem estivesse nas estradas e não quisesse ser surpreendido, cuidava de apressar a marcha,  assim que entardecia. 
Foto: Rosilene Salomé (Em Sítio Sonho Meu)

Foto: Rosilene Salomé

Nas velhas fazendas abandonadas, quase sempre mal assombradas, ocorriam diversas aparições, desde o fantasma da menina morta de tanto apanhar do padrasto, até a moça de branco com algodão no nariz a rogar que lhe tirassem o incômodo que a impedia de respirar. Essa era a que dava mais medo, porque diziam  que caso alguém a encontrasse deveria atender o seu pedido. E quem ia ter coragem, estando provavelmente com as pernas bambas, as mãos trêmulas e as calças mijadas?
Em praticamente todas as regiões de Minas, nesse período, ainda hoje, ouvem-se relatos incríveis de fantasmas e assombrações. São portas que batem mesmo na total ausência de vento, móveis que rangem e se arrastam sem o toque de ninguém.
Na tentativa de acalmar essas horripilantes criaturas, à noite vinham os homens para encomendar as almas. Chegavam na surdina e se apossavam do terreiro. Ao som das matracas, apenas sussurravam uma  cantiga triste. Dentro da casa, silêncio absoluto – era a ordem dos mais velhos e ninguém desobedecia. Às vezes o estalar da madeira do assoalho, ou barulhos inexplicáveis vindos do forro de taquara, aumentavam ainda mais o pavor das crianças, cuja único consolo era embolar-se na cama dos pais. 
Na cidade, o perigo não era menor. Pontualmente à meia noite, a égua de três patas passava mancando  pelo calçamento irregular da rua Direita. O cavaleiro, ninguém sabia quem era. Uns diziam que o animal, embora arreado, andava sem condutor. Quando ousávamos espiar pela fresta da janela,  víamos as faíscas de fogo brotadas do bater das ferraduras nas pedras do calçamento irregular. As ruas mal iluminadas e a rapidez com que o bicho passava nunca permitiram que identificássemos a figura que o montava, em sua indumentária preta: - Uma batina, ou uma capa?
Além dessas, muitas outras histórias povoam o imaginário popular de nossa Minas Gerais. É comum que em regiões diferentes, elas assumam contornos variados. Aqui onde vivo, a Mula Sem Cabeça é o fantasma de uma moça linda e prendada que se apaixonou pelo padre. Já o Lobisomem é, pelo menos nas histórias que eu ouvia,   o espectro de um filho cruel que batia na própria mãe.
Se você está achando que esses casos são apenas crendices e superstições,  digo-lhe com a autoridade de quem viveu a infância na roça:
- Que mané superstição, que nada! Isso é a mais pura verdade! E não lhes contei nem a metade.
Como bem disse Guimarães Rosa: “Graças a Deus, tudo é mistério” *
E...Essa história entrou por uma porta e saiu por outra. Quem quiser que conte outra.


*Guimarães Rosa, In: Carta de Guimarães Rosa a João Condé, revelando segredos de Sagarana. Prefácio. São Paulo: Ed. Record, 1984.




sexta-feira, 13 de março de 2015

PETROBRAS: Sessenta Anos de Resistência



Há um tempo pensava em incluir a participação de outras pessoas aqui no meu blog.  Não poderia ter forma melhor de inaugurar essas contribuições do que contar com artigo do meu querido e muito respeitado mestre, Prof. Tancredo Almada Cruz, que apresenta uma visão histórica detalhada e abrangente do assunto que está na pauta do dia: a Petrobrás. Seu texto, isento de paixões e radicalismos, é bastante esclarecedor, nesse momento de conturbadas polêmicas. Boa leitura, amigos. 

 Por: Tancredo Almada Cruz *

Nos anos quarenta e cinquenta do século passado, a questão do petróleo era um dos temas que aqueciam os debates políticos no Brasil. Superada a celeuma quanto à existência ou não de petróleo no território nacional, o foco voltou-se sobre a questão de quem deveria explorá-lo.
Havia aqueles  que,  alegando  a  falta  de conhecimento técnico no País, defendiam a entrega  do  direito  de exploração desta riqueza às  multinacionais  do  petróleo (as  sete irmãs) detentoras das tecnologias mais avançadas do setor à época. Esses eram os chamados "entreguistas".  Outros defendiam a exploração por nacionais, de preferência por empresa estatal. Eram os chamados "nacionalistas". Entre os nacionalistas, encontravam-se, figuras de grande expressão nacional, como: Monteiro Lobato, General Horta Barbosa, Luís Carlos Prestes, Getúlio Vargas e o viçosense, Arthur Bernardes.
A luta foi árdua. A resistência popular, mobilizada em torno da bandeira do "PETRÓLEO É NOSSO", conquistou o monopólio estatal da cadeia produtiva da indústria petrolífera no Brasil, com a Criação do Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS, em 1953.
As críticas não cessaram. Ao contrário, uma onda pessimista afirmava que a nova empresa teria vida curta e causaria grandes prejuízos à nação.  Logo a Petrobras começou a apresentar resultados positivos, desmascarando seus críticos.
No início dos anos sessenta, embora a legislação determinasse que a indústria do petróleo,  da  prospecção  ao  refino,  fosse competência da  Petrobras,  ainda  existiam  refinarias  privadas  em funcionamento no território nacional. O Presidente João Goulart, no histórico comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964, assinou decreto encampando estas empresas. Com o advento do golpe militar de abril daquele ano, os decretos do Presidente Jango foram revogados.
Por volta de 1970, o cenário geopolítico mundial levou à criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), cartel que, em 1973, aumentou substancialmente os preços internacionais do óleo, resultando na chamada Crise do Petróleo com efeitos danosos para quase todas as economias. Naquela época, a Petrobras, que havia encontrado petróleo na bacia de Campos (litoral norte fluminense), foi alvo de novas críticas e ataques.
Argumentavam que diante da gravidade da crise internacional e da inviabilidade do País explorar, pela estatal, as jazidas do fundo do mar, elas deveriam ser entregues a empresas estrangeiras.  Os fatos demonstraram a falsidade daqueles argumentos.  Em pouco tempo a Petrobras mostrou-se, não apenas capaz de explorar aquelas riquezas, mas também, ser detentora da mais avançada tecnologia de prospecção e exploração de petróleo em águas profundas.
Os anos oitenta e noventa encerraram o século XX sob o domínio do neoliberalismo, pensamento que acreditando no "deus mercado", defendia o Estado mínimo como receita para a prosperidade mundial. As mentes colonizadas da elite dirigente nacional embarcaram nesta onda, desencadeando um processo de desmoralização do setor produtivo estatal brasileiro, visando convencer a opinião pública de que se tratavam de organizações ineficientes.  Alcançado este objetivo, o passo seguinte foi alienar o patrimônio nacional pelo que se convencionou chamar de "leilões de privatização".  Cabe frisar que, como boa parte deste patrimônio foi adquirida por empresas estrangeiras (inclusive, por estatais europeias), o que de fato ocorreu foi uma desnacionalização do setor produtivo nacional. A Petrobras, que, desde o seu nascedouro, tem sido objeto de cobiça do capital internacional, não poderia estar fora desta lista. Felizmente, escapou por pouco.
Livre da degola, a Petrobras continuou seu caminho de prosperidade, ganhando prêmios internacionais e respeito pelo mundo afora. A empresa, com repetidos recordes de produção, ajudou o País a superar a crise econômica de 2008.  Ao adotar a política de conteúdo nacional, direcionando suas encomendas para o mercado interno, permitiu que inúmeros empregos fossem criados, reduzindo a taxa de desemprego para os mais baixos níveis da história brasileira. 
Descobertas as reservas do pré-sal, a Petrobrás passou a explorá-las em curto prazo, abrindo perspectivas para avanços maiores na redução das desigualdades sociais do Brasil. Hoje, as receitas ali geradas são destinadas ao financiamento das políticas sociais do governo que transformarão o País, em futuro próximo.
Entretanto, quem acompanha o noticiário pode pensar que a maior empresa mundial de produção de petróleo, a Petrobras, está falindo, tamanha a repercussão dada aos resultados das investigações sobre atos de corrupção lá praticados. É bom que se investigue e que os culpados sejam punidos.  Contudo, causa estranheza o fato destes casos só agora serem apurados.  As denúncias indicam que a prática é antiga e que são comuns em outras instituições (como na obra da ponte Rio-Niterói; no DNER; na SUDAM; no BANESTADO; na CPTM; no metrô; etc), mas sem a repercussão que tem sido dada à Petrobras.  É possível, ou mesmo muito provável, que interesses outros sejam a verdadeira motivação para o caso.

    Não é de hoje que grupos econômicos poderosos estão interessados na Petrobras - em seu rico patrimônio e, sobretudo, no acervo técnico acumulado. A Petrobras precisa ser protegida. O petróleo é nosso e, mais do que nunca, precisa continuar sendo. Afinal, são 60 anos de resistência, em defesa da soberania nacional.

* Prof. Tancredo Almada Cruz é economista e mestre em economia. Professor titular aposentado da Universidade Federal de Viçosa. Contato: censusc@yahoo.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2015

CONVERSAS DE JARDINEIROS - Quaresmeiras no Paisagismo

Quaresmeira rosa
Quaresmeira roxa - mais rústica
Fedegoso - boa combinação com
as quaresmeiras
A quaresmeira é uma espécie do Brasil, nativa da Mata Atlântica e facilmente adaptada em outras regiões do país. Nesse período da Quaresma, − não é por acaso que levam esse nome, − elas ficam exuberantes. Além de lindas, as quaresmeiras são plantas repletas de histórias. Quando nessa época do ano, as matas ficam mais densas pelas chuvas e melancólicas pelo roxo intenso das quaresmeiras, é o tempo em que a mula sem cabeça e o lobisomem andam soltos e ativos. Mas isso é assunto para outro post. Hoje quero exaltar a beleza da planta no paisagismo e lembrar que a espécie é muito fácil de ser cultivada. Além disso, suas mudas crescem rapidamente e podem ser encontradas por um preço bem camarada. Elas podem enriquecer o jardim, as calçadas, ou quaisquer outros espaços onde forem utilizadas. Além da espécie de floração roxa, mais rústica, e que reproduz fartamente por intermédio dos milhões de sementes expelidas pela planta mãe, existe a quaresmeira rosa, resultado de mutações genéticas, aperfeiçoada pelos viveiristas e produtores de espécies ornamentais. Estas, apesar de não se reproduzirem por sementes, são também facilmente adaptadas, até mesmo em solos pobres, como a planta original. Da mesma família e também nativo da Mata Atlântica, a árvore do Manacá da Serra cresce um pouco menos e possui flores que variam entre o branco (quando desabrocham), passando para a cor de rosa e ficando finalmente roxas. Na natureza é muito comum as quaresmeiras surgirem próximas ao fedegoso, uma árvore também nativa da Mata Atlântica e de floração amarela. Juntas formam uma bonita composição, já que florescem na mesma época. Amarelo e roxo são cores contrastantes e a primeira confere claridade ao conjunto e “quebra” a melancolia do roxo com sua exuberante luminosidade. Como os jardins mais bonitos inspiram-se na natureza, fica lindo combinar as quaresmeiras com o fedegoso ou, no caso de se desejar um contraste também em altura, utilizar espécies mais baixas como a alamanda amarela, por exemplo. É quase certo, principalmente quando se tem um espaço maior e um gramado bem verdinho, obter bonitos resultados e um jardim com a cara do Brasil.
Alamandas amarelas, uma opção de
planta mais baixa para combinar 
com as quaresmeiras
Manacá da Serra, da mesma família
 das quaresmeiras.
Florada branca, rosa e roxa