A Semana Do Fazendeiro é um
evento quase secular de nossa UFV, nascido que foi nos primeiros anos da
Universidade. O encontro vem se mantendo ao longo dos anos, como sua mais
importante ação extensionista. Talvez, com exceção das formaturas, seja dos raros
momentos em que a população de Viçosa e a do seu entorno realmente frequentam o
campus.
Elitista desde o seu nome, a
Semana, segundo alguns, deveria chamar-se Semana do
Agricultor. Também acho mais adequado, tendo em vista que em nossa região
praticamente não há fazendeiros, sendo esse
nome mais convidativo, ou mais atraente aos pequenos produtores rurais e aos
agricultores familiares, estes sim predominantes por aqui. Mas enfim, não se
espere pela mudança. Só recentemente temos visto alguns tímidos passos no
sentido de deselitizar (nem sei se essa palavra existe, se não, fica
inventada), a universidade brasileira, historicamente elitista e excludente.
As exposições e a feira que fazem
parte do evento são muito frequentadas pela população, havendo momentos em que
os corredores entre as lojas ficam praticamente intransitáveis. Para quem vive
numa cidade pequena, com comércio pouco variado e limitadas opções de lazer, ir
à Semana do Fazendeiro acaba sendo uma opção bacana. Neste ano, em minha
percepção, melhorou a qualidade dos produtos expostos, embora, ainda haja nítida
carência de boa comida mineira.
Além dessa falta, o que me deixa
intrigada é a qualidade da música tocada no evento. Tão seletiva em diversos
aspectos, não entendo porque a equipe responsável pela preparação e execução da
Semana permite essa aberração. Tenha dó. Em um país que tem Gonzagas, pai e
filho, Alceu Valença, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e tantos, tantos outros tão
bons, é quase uma tortura sacrificar nossos ouvidos com Michel Teló, Naldo e Gustavo Lima.Aquisições desta Semana do Fazendeiro: Kinkan e Nectarina já produzindo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário