Estas reminiscências são para iniciar o relato de
minha mais recente viagem, provavelmente uma das mais significativas que já
pude empreender. Tenho andado bastante. Talvez não tão longe, talvez não glamorosas,
ainda assim, minhas andanças têm sido frequentes há bastante tempo.
Viajar ainda me parece, além da oportunidade para
aprender e renovar, um ato de coragem. Sair
de nossa zona de conforto e colocar os pés na estrada exige alguma disposição para
correr riscos e enfrentar o desconhecido.
Obviamente, quando vamos pela primeira vez a um
lugar, por mais que nos informemos antes e, mesmo que hoje isso esteja cada vez
mais fácil, estamos indo ao encontro do desconhecido. Seria mais confortável
ficar na nossa vidinha de sempre, porque uma viagem, principalmente as mais
longas “tiram nossa vida do eixo”. Refiro-me à rotina. Obrigações familiares, cuidados da casa
(minha horta, meu jardim...), as aulas
de ioga, as caminhadas, os bordados, as aulas de dança e a suspensão temporária de projetos em andamento. Enfim, seja o que for que se faça, é necessário dar uma parada.
Encarar costumes desconhecidos, comidas estranhas,
línguas que não compreendemos plenamente, despesas extras, tudo isso pode
desanimar, se não tivermos a convicção do quanto voltaremos revigorados, muito
mais flexíveis, maduros e com nossa visão de mundo um pouquinho mais aclarada.
Não é meu propósito relatar, desta vez, a
inesquecível viagem que acabamos de empreender. Para mim era um sonho antigo:
cortar este Brasil e quiçá a América, pelo chão. Primeiramente porque não sou
muito amiga de viagens aéreas. Tenho medo e evito-as, quando posso. Em segundo
lugar e, talvez também influenciada pelo receio de me despencar pelos ares,
porque gosto, aprecio demais os caminhos terrestres. Amo romper distâncias pela estrada, conhecendo
os acidentes geográficos, a topografia,
a vegetação, as cidades, enfim, descobrindo
realmente determinada região, o que uma viagem aérea não proporciona.
Mas..., não estava a dizer sobre gratidão e
amizades? Sim, além de todos esses ganhos, gratidão e amizade podem ser
fortalecidas em uma viagem feita com amigos.
Não é pouca coisa descobrir que seus amigos incluíram
determinada cidade no roteiro, sem você saber, para atender um desejo seu, que
mal foi expresso. Tive esta alegria ao perceber que entrávamos no sentido à basílica de Aparecida. Ainda não
disse que meus companheiros de viagem eram um casal de amigos e compadres de
longa data, e outra amiga também muito querida. Claro, assim fica mais
prazeroso.
Primeira parada: Santuário de Aparecida. Carinho dos amigos |
Companheiros de viagem |
Hoje quero registrar a enorme gratidão por ter vivenciado essa experiência impar, ao
lado de amigos; e ressaltar a o grande privilégio de ter saúde e disposição para
empreender essas aventuras e de ter pessoas tão especiais no meu caminho.
Daqui a pouco começo a escrever sobre os lugares
que visitamos, as experiências que vivenciamos e as descobertas da viagem. Por
hoje, meu propósito principal é de expressar gratidão à vida por essa oportunidade
tão bacana, e registrar a grandeza de contar com amizades tão significativas. Porque quando pode ser assim, tudo ficar melhor. Até quando estamos no “olho do
furacão”, como é o caso do momento político que estamos vivenciando no Brasil,
atualmente. Namastê!
Oi, Maria Inês da saudade!
ResponderExcluirSaudade é a palavra, nome e sobrenome!
Que bom saber que o motivo do nosso "sumiço" foi, para ambas, muito importante e intensamente agradável: viagens!
Mas, agora, no aconchego do lar, vamos tratar de romper com a barreira da falta de encontro e fazer chegar o dia de nos revermos para matar saudade e colocar conversa em dia. Estaremos por aqui nos próximos tempos, até chegar agosto/setembro, nossa próxima fugida rumo ao encontro do Henrique no Canadá. Temos tempo bastante para efetivar encontros. Beijos da prima e amiga, Ana Maria.