Em minha família geralmente o
Natal é momento de muita alegria e confraternização. Valorizamos a data e reunimos
todos. É um momento raro. À noite o encontro acontece em minha casa e, no dia
seguinte vamos para a chácara que nossos pais nos deixaram e que tentamos
manter do jeitinho que eles gostavam.
Mini presépio de cristal em terráreo |
Árvore sóbria: cores cruas e uma pitada de azul |
Esse está sendo um ano difícil. Lidamos
com uma perversa doença em família que tem nos deixado exaustos e
entristecidos. Ainda assim, vamos tentar estar juntos e comemorar da forma que
for possível.
Por essa razão e pelas
frequentes viagens que tenho feito em função disso, também tenho escrito com
pouca frequência no blog.
A decoração de Natal atrasou e,
somente hoje consegui deixar a casa com cara de fim de ano.
Presépio de cerâmica vindo de Ouro Preto |
Por conta do momento e também
considerando a grande catástrofe ocorrida aqui em Mariana, desta vez, nem mesmo
na árvore de Natal utilizei cores muito vibrantes. O vermelho está
praticamente ausente este ano.
Abusei do verde e das cores cruas e terrosas,
incluindo uma pitadinha de azul.
Em julho ganhei um mini
presépio de cristal, vindo de Poços de Caldas. Andei um bom tempo pensando como
iria inserir aquela delicadeza no contexto da decoração. Acabei optando por
fazer um terrário, compondo com suculentas, pedaços de rocha de Cristal e outras
pedrinhas.
O Vale do Jequitinhonha, por
onde estive viajando este ano e de onde trouxe umas coisinhas, também está
presente na decoração.
Arranjo de Porta com elementos do Vale do Jequitinhonha |
O presépio tradicional é de cerâmica.
Como estava querendo fazer uma referência ao Rio Doce, o barro deu o tom da
composição. Utilizei pedras vindas de Lavras Novas que pela elevada presença de
minérios, tem um brilho bacana, mesmo já estando algumas cobertas de musgos. Coloquei
plantas bem típicas da região como samambaia, bromélias e orquídea. Expus tudo
em cima de um aparador de madeira de demolição, o que contribuiu para o
simbolismo que eu queria alcançar. Ficou com a cara dos presépios da minha
infância.
Embora com pouco tempo, fiz tudo
com muito carinho. A escolha de cada
detalhe, proposital ou inconscientemente, acabou retratando o grande amor que cultivo
pelo Natal e a admiração que dedico ao seu significado para os cristãos. Retrata
também o respeito que tenho pelas tradições da família e pelas minhas preciosas
memórias da infância No entanto, a decoração como um todo, refletiu a
parcimônia e a contenção que o momento requer.
Sóbrio e original. Gostei, amiga! Quero desfrutar deste ambiente pessoalmente. Até breve, Soninha
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