quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jardim Tropical

Depois de período sem tempo de pegar a máquina fotográfica e sair por ai, a florada dos cimbídios praticamente me obrigou a vencer a preguiça.

Veja mais fotos de jardins tropicais em:http://www.mariaidasaudade.blogspot.com.br/p/flores-do-campus.html

terça-feira, 5 de junho de 2012

TRABALHO

Tenho descoberto cada vez mais encantada, como é rico o tema dos sentidos e significados do trabalho. É muito interessante ler e pesquisar sobre este assunto. Desde a graduação ouvia o grande (literal e metaforicamente) professor Tancredo Almada Cruz, mestre de pelo menos duas gerações, mencionar os estudos de Friedrich Engels. Confesso, no entanto, que somente alguns anos depois, incentivada por uma fala de Aguinaldo Pacheco em uma das campanhas salariais da UFV, cujo lema era “Sem os braços a cabeça não faz”, fui descobrir esse magnífico texto de Engels intitulado: Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. Escrito por volta de 1876 e publicado pela primeira vez em 1895, o texto inacabado, visava ser a introdução de um trabalho maior que, para a nossa tristeza, Engels não conseguiu terminar. Nem mesmo essa introdução foi concluída, como se pode observar pela brusca interrupção ao final. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem acabou sendo publicado como  livro. Encontra-se disponível na internet, no seguinte link:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/macaco.pdf

Vale a pena ler. Se você supõe, assim como eu, antes de buscá-lo, que pode tratar-se de um texto denso, longo e de leitura difícil, afirmo que não. Ao contrário, trata-se de um texto pequeno, de leitura fácil e extremamente agradável. Somente para animá-los ainda mais, vejam as linhas introdutórias: “O trabalho é fonte de toda a riqueza, afirmam os economistas. Assim é, com efeito ao lado da natureza encarregada de fornecer os materiais que ele converte em riqueza. O trabalho, porém é muitíssimo mais do que isso.É a condição básica e fundamental de toda a vida humana. E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar que o trabalho criou o próprio homem.” (FRIEDRICH ENGELS, 1999) .
Um recado especial aos meus alunos, muitos dos quais prestigiam este blog. Assim como a maioria pensou que Imagens da Organização, de Gareth Morgan, fosse um livro difícil e acabaram gostando muito, acredito que o mesmo poderá acontecer com a leitura que acabo de sugerir.
Você poderá gostar também de:
O direito à preguiça, de Paul Lafarge
O elogio ao ócio, de Bertrand Russel
O trabalho e seus sentidos, de Ricardo Antunes, este último disponível em:
http://www.itcp.usp.br/drupal/files/itcp.usp.br/ANTUNES%20TRAB%20SENTIDOS%20LUIZINHO.pdf

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Auto Ajuda

Há bastante tempo leio jornal, pelo menos aos domingos. Mais que um prazer, é uma necessidade. Ao contrário da maioria dos brasileiros, não tenho paixão por futebol, nem pelos esportes de maneira geral. Pois de uns tempos pra cá, passei a ler com assiduidade uma coluna do caderno de esportes. Descobri uma preciosidade: nosso craque Tostão, que além de ter sido um dos grandes jogadores do Cruzeiro e da Seleção brasileira é médico e, embora recuse o rótulo, é também um filósofo, escreve uma coluna semanal no caderno de esportes do jornal que tenho hábito de ler. Ontem ele nos brindou com mais uma de suas crônicas memoráveis, que exala modéstia e sabedoria. Tá escrito lá: “Tento fugir dos lugares-comuns e, muitas vezes, não consigo. A vida, em sua maior parte, é um lugar comum. Acabo de escrever mais um. Todos somos repetidores. Só os gênios são originais. E eles são cada dia mais raros. Há anos, critico as óbvias e ridículas palestras de autoajuda, motivadoras, tão freqüentes na sociedade e no futebol. Um time forte emocionalmente se forma aos poucos, nas conversas diárias, individuais e coletivas, nos olhares sinceros e no silêncio. Não com palestras de motivação.” (Caderno Esporte. Folha de São Paulo. 27-05-2012. p. 3). Não somente compartilho a opinião do craque sobre as palestras de auto-ajuda, como estendo minha desconfiança também dos livros que se enquadram nessa categoria. O descrédito que Tostão manifesta, relativamente às palestras de auto-ajuda para jogadores de futebol, tenho expressado, para os meus alunos e para dirigentes, gerentes e empresários com os quais tenho oportunidade de conversar, em relação às organizações. Veja em SEM BRINCADEIRA , mais detalhes sobre as razões segundo as quais não acredito nessa conversa.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Escribo para mi. Para mi placer. Para mi vicio. Para mi propia condenacion.(Carlos Fuentes)

Morreu ontem, no México, aos 83 anos, o escritor Carlos Fuentes. Autor de um texto memorável intitulado O ELOGIO À INCERTEZA, um tributo à literatura e ao romance, do qual pincelei algumas frases e compartilho a seguir:

A ficção inventa o que falta no mundo, o que o mundo esqueceu, o que espera atingir e que talvez jamais atinja. Portanto, a ficção é uma maneira de se apropriar do mundo, de dar-lhe sua cor, seu gosto, seus sentidos, seus sonhos, suas noites em claro, a perseverança e até mesmo a tranqüilidade preguiçosa da qual ele tem necessidade para continuar a existir.

Temos consciência do perigo de que no início do século XXI, as ordens do dia dos homens se desloquem. O orçamento militar ultrapassa de longe os investimentos na área da saúde, da educação e do desenvolvimento. As demandas urgentes das mulheres, dos idosos, dos jovens foram deixadas ao acaso. Os crimes contra a natureza multiplicam-se. No céu, escreveu Borges, conservar e criar são verbos sinônimos. Na terra, tornaram-se inimigos.

O espaço se rendeu. Graças à imagem, podemos estar ao mesmo tempo todos os lugares instantaneamente. Mas o tempo se pulverizou, fragmentando-se em imagens que correm o risco de negar ao mesmo tempo a imaginação do passado e a memória do futuro, Podemos nos tornar escravos de imagens hipnóticas que escolhemos. Podemos nos transformar em alegres robôs e nos divertir até morrer.

A humanidade triunfará, e ela o fará porque, apesar dos acidentes da história, o romance nos diz que a arte nos restaura a vida, a vida que a história, em sua precipitação, desprezou. A literatura torna real o que a história esqueceu.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

CONSULTORIA

Organizações são freqüentemente assediadas por profissionais, de boa conversa, que disponibilizam trabalhos de consultoria. Às vezes, acabam contratando pessoas que oferecem soluções fáceis e rápidas, para problemas que exigem análises mais abrangentes e cuja solução demanda tempo e ações bem planejadas. Por razões diversas, é bastante comum que organizações necessitem do trabalho de um consultor. Mas afinal o que é um consultor? Qual é o seu papel na organização? É possível contar com um consultor sem desembolsar valores muito altos? O que faz um consultor e como um projeto de consultoria pode contribuir para melhorar o desempenho da organização? O texto que apresento em SEM BRINCADEIRA pretende elucidar algumas dessas questões.