terça-feira, 5 de junho de 2012

TRABALHO

Tenho descoberto cada vez mais encantada, como é rico o tema dos sentidos e significados do trabalho. É muito interessante ler e pesquisar sobre este assunto. Desde a graduação ouvia o grande (literal e metaforicamente) professor Tancredo Almada Cruz, mestre de pelo menos duas gerações, mencionar os estudos de Friedrich Engels. Confesso, no entanto, que somente alguns anos depois, incentivada por uma fala de Aguinaldo Pacheco em uma das campanhas salariais da UFV, cujo lema era “Sem os braços a cabeça não faz”, fui descobrir esse magnífico texto de Engels intitulado: Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. Escrito por volta de 1876 e publicado pela primeira vez em 1895, o texto inacabado, visava ser a introdução de um trabalho maior que, para a nossa tristeza, Engels não conseguiu terminar. Nem mesmo essa introdução foi concluída, como se pode observar pela brusca interrupção ao final. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem acabou sendo publicado como  livro. Encontra-se disponível na internet, no seguinte link:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/macaco.pdf

Vale a pena ler. Se você supõe, assim como eu, antes de buscá-lo, que pode tratar-se de um texto denso, longo e de leitura difícil, afirmo que não. Ao contrário, trata-se de um texto pequeno, de leitura fácil e extremamente agradável. Somente para animá-los ainda mais, vejam as linhas introdutórias: “O trabalho é fonte de toda a riqueza, afirmam os economistas. Assim é, com efeito ao lado da natureza encarregada de fornecer os materiais que ele converte em riqueza. O trabalho, porém é muitíssimo mais do que isso.É a condição básica e fundamental de toda a vida humana. E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar que o trabalho criou o próprio homem.” (FRIEDRICH ENGELS, 1999) .
Um recado especial aos meus alunos, muitos dos quais prestigiam este blog. Assim como a maioria pensou que Imagens da Organização, de Gareth Morgan, fosse um livro difícil e acabaram gostando muito, acredito que o mesmo poderá acontecer com a leitura que acabo de sugerir.
Você poderá gostar também de:
O direito à preguiça, de Paul Lafarge
O elogio ao ócio, de Bertrand Russel
O trabalho e seus sentidos, de Ricardo Antunes, este último disponível em:
http://www.itcp.usp.br/drupal/files/itcp.usp.br/ANTUNES%20TRAB%20SENTIDOS%20LUIZINHO.pdf

2 comentários:

  1. Olá professora,
    Gostei do livro que recomendou. Ainda não li tudo, mas já comecei e estou gostando e vendo que não é difícil. Obrigada pela sugestão

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    1. Então meu caro (a), o prazer da leitura conquista-se aos poucos. Quando percebemos estamos viciados.
      Maria Inês

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