Nesses
tempos de modernidades fluídas seis anos podem ser muitos. Fazendo uma releitura
de uma crônica sobre política que publiquei em julho de 2012, observo que, apesar
disso, meu texto é bastante atual e tá valendo ainda.
Falando de política, mencionei
naquela oportunidade, sobre a omissão de muitas pessoas e da preguiça em discutir
assuntos que exigem um mínimo de reflexão. Afinal falar de novelas, ou séries
da televisão e da última dancinha da moda, é bem mais divertido.
Vendo
as coisas como estão no Brasil, ando, como muitos, preocupada. Tenho tido o
privilégio de conviver com pessoas bem informadas e participantes na política,
não apenas em exercício de mandatos eletivos, mas que militam em sindicatos,
associações de classes, organizações não governamentais, conselhos e outras
entidades. O aprendizado tem sido intenso e permanente. Um deles consiste em
compreender que somos nós com a nossa omissão e preguiça de discutir temas
sérios e por vezes áridos, que colaboramos para que pessoas cruéis, desumanas e despreparadas ocupem todas
as instâncias de poder. Ou como mencionei na crônica a que me refiro” . Caso as
pessoas de bem se omitam, “os corruptos, os
mal intencionados ... ocuparão os postos de comando”.
A
prática de discutir política e participar de diálogos com pessoas de bem e preparadas, em torno da gestão pública, nos ajuda a consolidar um pensamento humanitário
e uma proposta de engajamento em ações voltadas para o bem comum e o respeito
às diversidades.
Como
mencionou Rousseau: “Nascido cidadão de um Estado livre e soberano, por frágil
que seja a influência da minha voz nos negócios públicos, basta-me o direito de
votar para me impor o dever de instruir...”. Ou nas palavras simples, diretas e
sábias de meu incansável e sempre sonhador, prof. Tancredo Almada Cruz: “O
único lugar e ocasião em que todos os cidadãos são efetivamente iguais é na
urna, na hora do voto”.
A
consciência de que as decisões políticas nos afetam a todo o instante nos induz
a, no mínimo, sentir a necessidade de nos informamos sobre o que está
acontecendo ao nosso redor e no mundo. Obviamente isso envolve pesquisar para
conhecer os candidatos, suas ideias, suas práticas, suas ações e sua conduta. Omitir-se
é também compactuar com as injustiças, a miséria e a violência a que são
submetidos milhões de pessoas em todo o mundo.
Sempre
é tempo de começar.
Se VOCÊ É BOM E NÃO QUER SABER DE POLÍTICA, DEIXA
ESPAÇO PARA QUE OS MAUS A
EXERÇAM PRATICANDO A CRUELDADE, A VIOLÊNCIA E A EXCLISÃO.
OU SEJA, SE VOCÊ É OMISSO E INDIFERENTE
E PREGA O VOTO NULO OU BRANCO, VOCÊ ESTÁ PERMITINDO COM A SUA OMISSÃO, QUE as
injustiças permaneçam e que nada seja
mudado para melhor.
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