quinta-feira, 30 de agosto de 2018

RELEITURA DE UMA CRÕNICA JÁ ANTIGA


Nesses tempos de modernidades fluídas seis anos podem ser muitos. Fazendo uma releitura de uma crônica sobre política que publiquei em julho de 2012, observo que, apesar disso, meu texto é bastante atual e tá valendo ainda.

Falando de política, mencionei naquela oportunidade,  sobre a omissão de muitas pessoas e da preguiça em discutir assuntos que exigem um mínimo de reflexão. Afinal falar de novelas, ou séries da televisão e da última dancinha da moda, é bem mais divertido.
Vendo as coisas como estão no Brasil, ando, como muitos, preocupada. Tenho tido o privilégio de conviver com pessoas bem informadas e participantes na política, não apenas em exercício de mandatos eletivos, mas que militam em sindicatos, associações de classes, organizações não governamentais, conselhos e outras entidades. O aprendizado tem sido intenso e permanente. Um deles consiste em compreender que somos nós com a nossa omissão e preguiça de discutir temas sérios e por vezes áridos, que colaboramos para que pessoas  cruéis, desumanas e despreparadas ocupem todas as instâncias de poder. Ou como mencionei na crônica a que me refiro” . Caso as pessoas de bem se omitam, “os corruptos, os mal intencionados ... ocuparão os postos de comando”.
A prática de discutir política e participar de diálogos com pessoas de bem e preparadas, em torno da gestão pública, nos ajuda a consolidar um pensamento humanitário e uma proposta de engajamento em ações voltadas para o bem comum e o respeito às diversidades.
Como mencionou Rousseau: “Nascido cidadão de um Estado livre e soberano, por frágil que seja a influência da minha voz nos negócios públicos, basta-me o direito de votar para me impor o dever de instruir...”. Ou nas palavras simples, diretas e sábias de meu incansável e sempre sonhador, prof. Tancredo Almada Cruz: “O único lugar e ocasião em que todos os cidadãos são efetivamente iguais é na urna, na hora do voto”.
A consciência de que as decisões políticas nos afetam a todo o instante nos induz a, no mínimo, sentir a necessidade de nos informamos sobre o que está acontecendo ao nosso redor e no mundo. Obviamente isso envolve pesquisar para conhecer os candidatos, suas ideias, suas práticas, suas ações e sua conduta. Omitir-se é também compactuar com as injustiças, a miséria e a violência a que são submetidos milhões de pessoas em todo o mundo.
Sempre é tempo de começar.

Se VOCÊ É BOM E NÃO QUER SABER DE POLÍTICA, DEIXA ESPAÇO PARA QUE OS  MAUS  A EXERÇAM PRATICANDO A CRUELDADE, A VIOLÊNCIA E A EXCLISÃO.
OU SEJA, SE VOCÊ É OMISSO E INDIFERENTE E PREGA O VOTO NULO OU BRANCO, VOCÊ ESTÁ PERMITINDO COM A SUA OMISSÃO, QUE as injustiças permaneçam  e que nada seja mudado para melhor.


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