sábado, 30 de dezembro de 2017

Balanços Inevitáveis

Chega o final de dezembro e, quando nos damos conta, já estamos refletindo sobre como foram os meses passados e fazendo planos para o ano novo. Mesmo  sabendo que, como disse o poeta,  "não sou quem me navego, quem me navega é o mar".
2017 provavelmente vai ficar na história como um "ano perdido": retrocessos nos direitos dos trabalhadores, desgoverno, corrupção quase generalizada entre os políticos, entrega de patrimônio dos brasileiros a empresas multinacionais, descaso com a educação, com a saúde e com outros deveres do estado, compra de votos e de apoios parlamentares à luz do dia, entre outras aberrações.
As perspectivas para o ano vindouro não são muito animadoras. Ano eleitoral geralmente é um tempo de renovar as esperanças, me desculpem o termo chulo, mas parece que brasileiro não se cansa de fazer m..... Candidato de extrema direita desponta entre os favoritos. Ocupando cargo público há mais de 25 anos, apresenta-se como o "salvador da pátria", aquele que vai mudar o sistema, mesmo fazendo parte dele há tanto tempo. O sujeito é truculento, intolerante, preconceituoso, além de ser defensor da pena de morte e da redução da menoridade penal, do uso indiscriminado de armas de fogo e de uma série de outras barbaridades. E há quem acredita em um crápula desses e defenda que ele vai melhorar o país. Sinceramente não sei se isso é ingenuidade; mais me parece ser ignorância e incapacidade de compreender a dificuldade em encontrar alternativas para convivência civilizada,  diante da complexidade dos problemas atuais.
Apesar de tudo vemos alguns mínimos avanços. A democratização da informação e o aumento na possibilidade de escolhas de meios de comunicação é o mais notável. 
E porque estamos renitentemente tentando ser alegres e esperançosos, lembramos que também neste ano que se finda, sabiás chocaram em nosso jardim. Fizemos arte, cuidamos das flores,  conhecemos novas trilhas e cachoeiras, continuamos tentando aprender a dançar, estivemos juntas com a família e amigos e, cada vez mais, sintonizadas com a natureza. 
Como são difíceis de de fotografar, os danadinhos

Desprezaram a casinha e
fizeram o ninho no vaso
E como disse aquele outro poeta, o maior de todos: "às vezes ouço passar o vento e penso que só por ouvir passar o vento, vale a pena ter nascido".
Feliz ano novo a todos, especialmente aos leitores  desse meu singelo bloginho.
Cachoeira da fumaça em Carrancas-MG.

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