terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Oh, Minas Gerais...

Ouro Preto é um lugar de deliciosas descobertas. Sempre vale a pena voltar. Seu casario colonial e suas igrejas barrocas repletas de obras dos grandes artistas como Aleijadinho e Mestre Atayde, além dos museus e galerias de arte  encantam os visitantes. A boa comida mineira  e as festas típicas também atraem muita gente. Agora mesmo está rolando por lá um dos melhores carnavais de Minas.
Cachoeira no Parque
das Andorinhas
Todavia, a cidade tem outras atrações como passeios ecológicos, por exemplo. Há cerca de três anos estive no Parque Estadual do Itacolomi, cuja entrada é próxima ao centro e que vale a pena conhecer. Na última semana fui ao Parque Natural Municipal das Andorinhas que faz parte da Área de Proteção Ambiental da Cachoeira das Andorinhas. O espaço, que abriga a nascente do Rio das Velhas, possui trilhas e belas cachoeiras, além de vegetação bem interessante.  Assim como o Itacolomi, é praticamente dentro da cidade. O  acesso não é difícil, podendo-se ir de carro até a portaria e a distância é de cerca de cinco km do centro. 
Congado em Ouro Branco
Nessa mesma viagem, além de Ouro Preto e Congonhas, estive em Ouro Branco. Já havia passado pela cidade e também fui uma vez a trabalho. Era como se não conhecesse. Foi uma boa surpresa. Bem no centro da cidade está a magnífica Igreja Matriz de Santo Antônio, uma das mais bonitas de Minas. Construída entre 1724 e 1779, a igreja é um belo exemplar da arquitetura barroca e possui trabalhos do Aleijadinho em seu acervo. O altar principal é de uma beleza estonteante. Tivemos também a sorte de assistir uma apresentação do grupo de Congado local, uma belezura.
Altar central da Igreja de Santo Antonio
Foto: reprodução de www.ourobranco.com/mmc0851htm

Em Ouro Branco encontra-se o Parque Estadual da Serra de Ouro Branco. Criado em 2009, o parque abrange também o município de Ouro Preto, possuindo área superior a 7.500 hectares. Situa-se no limite sul da Serra do Espinhaço. O acesso, a partir de Ouro Branco, é pela MG 129, que conserva trechos da Estrada Real.
Vista do morro do Cruzeiro no Parque Estadual de Ouro Branco
O parque possui diversas nascentes, topografia interessante e sua bonita vegetação é bastante variada e diversa. Predominam as espécies típicas dos Campos Rupestres e de Altitude, intercaladas com arbustos e árvores de pequeno porte comuns do Cerrado. Possui também áreas remanescentes da Mata Atlântica. 

Terminamos nosso passeio na Vila de Itatiaia, que é um distrito de Ouro Branco e fica a cerca de 10 km da cidade. Com apenas uma rua, o vilarejo é lindo, e tem a cara de Minas Gerais. Em 2014, um projeto desenvolvido no local por artistas mineiros, deu um colorido todo especial ao lugar. As fachadas de várias casinhas antigas foram re-imaginadas por intermédio do grafite, criando um verdadeiro acervo de obras de arte a céu aberto, conferindo um efeito encantador à sede da vila.

Charme e simpatia...
... em Itatiaia
Além da lindeza do lugar, o passeio vale a pena também pela boa oferta de restaurantes e barzinhos, tornando-se uma delícia passar um dia por lá. Que a culinária mineira é das melhores, já sabemos. Na Vila de Itatiaia, além de disso, tivemos a grata surpresa de encontrar mais do que comida típica de ótima qualidade, com ingredientes frescos vindos da horta do local. Vimos uma cozinha inovadora e inventiva, sem, no entanto, tirar o pé do tradicional. Experimentamos tomates confitados com ervas e um jiló agridoce dos deuses. Tudo isso servido com um atendimento marcado pela delicadeza e simpatia típicos de Minas Gerais. 

Cozinha tradicional renovada: Jiló agridoce
 e tomates confitados




















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