Nesse momento tão desconsertante, cheio de dúvidas e
angústias diante do que anda acontecendo em nosso país, vou parafrasear Geraldo
Vandré e falar de assunto ameno.
FLORES DE MONTE VERDE
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Canteiros na vila: petúnias, impatiens... |
Chegando-se em Monte Verde, é difícil não se encantar
com os bonitos e bem cuidados canteiros de flores que se alinham ao longo de
sua avenida principal. São petúnias, papoulas, impatiens (beijos de moça) e
muitas outras, de variado colorido,
compondo belos cenários com o casario de
estilo europeu.
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Hortênsias no entorno |
Ao se caminhar pelo entorno do lugar a boa impressão
se consolida, pois encontramos uma profusão de hortênsias que crescem
exuberantes não apenas nos muros e quintais, mas até mesmo nas margens dos riachos que banham
a vila. E não são somente elas. Visualizam-se margaridas, madressilvas, sabugueiros, iris etc.
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Iris alaranjadas, um espetáculo |
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margaridas |
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madressilvas |
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maciço de bromélias na mata |
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Floradas exuberantes nas pedras |
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Bromélia pticairnea, rara de se ver |
Todavia somente quando adentramos pela mata que o
deslumbramento se completa. Praticamente a cada passo somos surpreendidos por
uma profusão de espécies que transformam as trilhas da região em um verdadeiro
“passeio pelo jardim”. Composta por
espécies nativas do Brasil, a vegetação nas trilhas é das mais bonitas que tenho visto. Considerando que a região
não é um parque ecológico, mas uma simples APA (Área de Preservação Ambiental),
parece até um milagre que espécies tão delicadas e de extrema beleza ainda não
tenham sido dizimadas. Deparei com
maciços enormes de bromélias, extensos como nunca vi nessas minhas andanças por
trilhas e parques em diversos estados brasileiros.
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Composições magníficas mata a fora |
Além da beleza das flores, as folhagens, as
trepadeiras, os musgos, líquens e fungos, que crescem agarrados aos troncos de
árvores e às pedras, formam conjuntos que nem o mais talentoso paisagista
conseguiria reproduzir, com tamanha harmonia
e graciosidade.
Em Monte Verde, mais do que em qualquer outro lugar para onde fui com o principal objetivo de
fazer trilhas, valeu o meu propósito de caminhar sem pressa, não apenas pensando em chegar
ao ponto final, ou fazer o percurso em menor tempo possível.
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A luz do sol penetra pelas árvores |
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Vistas deslumbrantes |
O que conta, nessas ocasiões e que, ao invés de cansar,
revigora, é a alegria das descobertas do percurso. Essas naturalmente
não resumem a observar a vegetação. Incluem um emaranhado de sensações como descobrir uma
pequena nascente jorrando água pura entre pedras, ou perceber a luminosidade
dos raios de sol que atravessam a copa das árvores, por exemplo. E que quase
sempre são enriquecidas pela escuta de cantos variados de passarinhos e do zumbido
de diversos insetos. Nesse contexto,
vale a pena curtir a engenhosidade de uma teia de aranha, ou
enlevar-se sentindo o ar limpo entrando pelos pulmões e o vento fresco soprando os cabelos. Isso para citar apenas parte do indescritível bem estar
proporcionado por uma imersão no seio da
natureza, que conosco partilha graciosa e generosamente
toda a sua riqueza e diversidade.
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