terça-feira, 25 de outubro de 2016

Parque Nacional da Serra dos Órgãos, PARNASO, Teresópolis e Nova Friburgo

Desde que a minha filha que é bióloga fez uma viagem de estudos ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos – PARNASO, em Teresópolis, vinha planejando dar umas andadas por aqueles lados.
O Parque abrange, além de Teresópolis, outros municípios como Petrópolis,  Guapimirim e Magé. Trata-se de uma unidade conservação e proteção ambiental administrada pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
O Parque é considerado um dos melhores do país para a prática de escaladas, caminhadas, rapel e trilhas. Possui uma trilha suspensa acessível até para cadeirantes. Infelizmente não pudemos desfrutar dessa, pois encontrava-se literalmente suspensa para visitação. No PARNASO a vegetação é típica da Mata Atlântica. O Parque abriga, desde árvores de grande porte, até arbustos, trepadeiras, e plantas menores, incluindo diversas espécies de grande beleza. Pegamos o final da florada do manacá da serra e avistamos  bromélias em profusão e orquídeas.
Vista da Serra dos Òrgãos a partir da trilha cartão postal
Plantas e musgos agarrados aos
troncos das árvores


No PARNASO encontram-se facilmente lindos riachos e  cachoeiras; A topografia é muito bonita, possibilitando vistas deslumbrantes. Para os que praticam escaladas, há picos com elevada altura como o Dedo de Deus e a agulha do diabo. O Parque abriga, além deste,  outros picos famosos como a Pedra do Elefante, o Morro do Escalavrado e a célebre Pedra do Sino, ponto culminante da Serra, que faz parte da travessia Petrópolis – Teresópolis. Capital nacional do montanhismo, a Serra dos órgãos recebeu esse nome em referência ao conjunto de montanhas de pedras, entre as quais se destaca o Dedo de Deus. Fazer a trilha conhecida como Cartão Postal que possibilita uma vista deslumbrante de parte da Serra dos órgãos, o pico Dedo de Deus em destaque, foi certamente o ponto máximo de nosso passeio. O trecho é todo pontuado por vegetação maravilhosa, destacando-se bromélias, orquídeas e troncos de árvores, repletos de musgos, trepadeiras, parasitas e líquens, cada um mais bonito que o outro.

Cúrcuma vermelha, raridade
da trilha da pedra do elefante
No quesito plantas, que, como já disse, é a minha paixão maior, tive uma surpresa bacana no passeio. Deparei-me com um exemplar raro (pelo menos para mim) da Cúrcuma vermelha. 
Mesmo tendo sido frustrada nossa tentativa de subir a trilha da Pedra do Elefante, por causa do mau tempo, somente por ter avistado essa espécie de grande beleza, valeu a pena a curta passagem pelo início da trilha. Sem contar que a vista da Serra dos Órgãos, a partir do mirante do soberbo, próximo à entrada principal da cidade é também deslumbrante. 
Vista da Serra dos Órgãos a partir do Mirante Soberbo
Diz-se que a melhor temporada para visitar é entre março e setembro, período de poucas chuvas e céu mais limpo. Agora em outubro pegamos um pouco de chuva, céu nublado algumas vezes, o que impediu ou dificultou a apreciação de atrativos do local. Ainda deparamos com várias atrações fechadas à visitação.
Vila austríaca
Além dos atrativos naturais, a cidade de Teresópolis guarda algum acervo arquitetônico interessante, como o edifício do antigo cassino e o palácio da imperatriz que abriga atualmente a sede da prefeitura. Interessante também é o conjunto que contém  réplica de uma vila austríaca, constituindo-se em um pequeno complexo com restaurante, pub, cervejaria, capela e lojinhas.
A cidade, por ser sede de várias confecções, especialmente em malhas, oferece a possibilidade de fazer comprinhas interessantes. Além das lojas tradicionais, há uma Feira de Artesanato famosa a Feirinha do Alto, onde é possível encontrar tapeçarias em tear, bordados, doces, compotas e roupas de malha de confecções locais. Também há peças de vestuário em viscose, algodão e renda, dizendo-se, de passagem, que muitas delas são “made in China” e que tais.
Um passeio bastante recomendado  na região é o chamado circuito Terê-Fri, que é a estrada que liga Teresópolis a Nova Friburgo, distante pouco mais de 60 km. O trajeto tem uma paisagem natural bonita e possui alguns atrativos, porém pouco sinalizados, dificultando o acesso, principalmente em dias chuvosos, como foi o nosso caso. Dentre esses, destacamos O Memorial da Colonização Suíça e a Queijaria Escola, que abriga também uma chocolateria.
Em Nova Friburgo, encontramos o Parque Estadual dos Três Picos fechado à visitação. Tentamos acessar o Pico da Caledônia, um mirante bem recomendado, que possibilita visualizar a cidade e até a região dos Lagos. No entanto nossa tentativa não foi bem sucedida. A estrade de acesso é muito inclinada, está totalmente desprovida de sinalização e com uma cratera aberta ao final, o que impediu nosso acesso ao mirante.
A região serrana do estado do Rio abrigou colonização europeia variada, destacando-se alemães, suíços e austríacos, que se instalaram no local a partir do século XIX. A culinária da região é diversificada. Em Nova Friburgo experimentamos a cozinha alemã e foi uma boa escolha.
O balanço geral é que o passeio valeu a pena, apesar do tempo chuvoso e de algumas tentativas não terem sido bem sucedidas. Para quem não conhece, recomendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário