Ouro preto inspirador
Mês de Dezembro é
sempre um corre-corre danado. Especialmente este ano foi bastante atípico. Dei
aulas nos dois primeiros sábados, fato
incomum para o meu caso. Nesse mesmo período, ou seja, na primeira quinzena do
mês, minha filha mais velha esteve em férias passando uns dias comigo.
Havíamos decidido
dar uma ida a Ouro Preto, pois ela acabara de chegar de uma viagem mais longa e
não queria se deslocar novamente para grande distância e eu precisaria conciliar
com o compromisso do sábado.
Voltar a Ouro Preto
é sempre muito bom. Visitar a cidade nesse período natalino é ainda mais
inspirador. As tradições de Natal, tão fortes em Minas são especialmente ricas
na cidade, que por sinal já parece um presépio.
Por falar em
presépio, fiquei sabendo recentemente que foi São Francisco a primeira pessoa
que encenou o Nascimento e acabou instituindo a tradição. Depois disso estava
cogitando trocar os personagens do meu presépio por peças de cerâmica. Cismei
que elas representam melhor a singeleza dessa linda história milenar que vem
comovendo as pessoas há tanto tempo.
Felizmente, encontrei em Ouro Preto as peças do material que desejava. Voltando da viagem refiz o meu presépio, que já havia
mostrado aqui, porque agora ele abrigaria as novas peças e precisava pelo menos
de umas mexidinhas. Acabei fazendo praticamente tudo do novo e o resultado tá
aí para ser conferido.
Com os olhos
muito voltados para a arte em tecido, apreciei com gosto diversos panôs bordados,
especialmente um conjunto muito lindo que decora um restaurante cuja
comida faz jus à beleza do lugar.
Carinhas de sapeca em um porta retrato idem |
Ciganas pouco coloridas mereciam uma casa bem divertida |
Orquídeas e outras plantas contextualizam o cenário do presépio |
Figuras de barro, como eu desejava |
Como preciso de
bastante tempo para bordar e as colagens são mais rápidas, acabei me inspirando
a intervir em porta-retratos, pois estava querendo expor duas fotos muito
especiais e não havia encontrado peças adequadas a elas.
Uma das fotos mostra três jovens foliãs em um carnaval de clube, da década de 1970, fantasiadas de ciganas. Elas têm 22, 20 e 18
anos e, o retrato em preto e branco diz muito sobre a minha história. No entanto, ilustra pouco um baile de carnaval, pela ausência de cores, pelo comedimento da
pose e contenção dos sorrisos. Essa foto precisava de um
porta-retratos colorido, alegre, cigano e descomprometido. Foi o que tentei
expressar e creio ter conseguido.
A outra fotografia mostra duas crianças sapequinhas brincando no jardim da casa da avó. Ambas tão sorridentes e expressivas, pediam um porta-retratos que tivesse o tom da brincadeira e a cara da felicidade e da infância. Mais uma vez, deixei a imaginação correr bem solta, não permiti que a minha permanente censura intervisse na escolha das cores e dos materiais utilizados e obtive uma peça que “casou” direitinho com a foto que ia abrigar.
Em estado de graça,
como sempre me acontece quando retorno
de Ouro Preto, tudo flui com mais leveza e acabo até mais corajosa para mostrar
minhas criações, como estou fazendo agora. Beijo a todos e nos falaremos ainda antes das
festas, se Deus quiser, porque quero compartilhar uma experiência bacana que
vivenciei ontem, que é a cara do Natal.
A outra fotografia mostra duas crianças sapequinhas brincando no jardim da casa da avó. Ambas tão sorridentes e expressivas, pediam um porta-retratos que tivesse o tom da brincadeira e a cara da felicidade e da infância. Mais uma vez, deixei a imaginação correr bem solta, não permiti que a minha permanente censura intervisse na escolha das cores e dos materiais utilizados e obtive uma peça que “casou” direitinho com a foto que ia abrigar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário