Reverenciada como a mais milagrosa das santas em terras brasileiras, Nossa Senhora Aparecida é praticamente uma unanimidade nacional. Das diversas lendas e histórias que giram em torno do seu nome, conta-se que o escritor mineiro Fernando Sabino ao ser perguntado se acreditava em Deus teria respondido que quanto a Deus, possuía algumas dúvidas, mas que tinha certeza absoluta de sua crença em Nossa Senhora Aparecida.
Alçada à condição de padroeira do Brasil, a Santa possui, em Aparecida do Norte, no Estado de São Paulo, um dos maiores centros de romaria, para onde dirigem milhões de brasileiros, especialmente nesta época do ano. Aqui em Minas Gerais são comuns capelinhas na beira das estradas, geralmente construídas por algum devoto em agradecimento a milagres da Santa, especialmente relacionados com acidentes no trânsito. É costume que diversos grupos de devotos se dirijam a pé na noite anterior e no dia da Santa, até esses pequenos santuários. Também faz parte do costume aqui da região, soltar foguetes durante o dia, especialmente até o meio dia.
Em relação à lenda da Santa, a mais comum relata que em 1717, três pescadores, que moravam às margens do rio Paraíba no Estado de São Paulo, “cansados e desanimados por não terem apanhado peixe algum, depois de várias horas de trabalho, estavam prestes a desistir, quando, lançando mais uma vez a rede, retiraram das águas o corpo de uma imagem sem cabeça e, num segundo arremesso, encontraram também a cabeça da imagem de terra cozida. Impressionados pelo evento, experimentaram mais um lance da rede; e naquele momento foi tão abundante a pescaria que encheram as canoas”. A pesca, quase milagrosa, despertou neles curiosidade em relação à imagem que limparam com cuidado e verificaram que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura. Colocaram-na no oratório de sua pobre morada e diante dela começaram a fazer suas orações diárias”. (Fonte: http://contoselendas.blogspot.com.br).
Aproveitando o ensejo do mês da Santa Padroeira, bordei um estandarte em comemoração. Ele está em minha porta de entrada desde o início do mês e, ao lado das orquídeas em flores da temporada, está fazendo um conjunto muito bonito.
Sua composição foi logicamente baseada na história da Santa. Assim comecei escolhendo um tecido em formato de tela que remetesse à ideia de rede. Decidi trabalhar prioritariamente com as três cores da bandeira brasileira. Centralizei a imagem da Santa e contornei-a com aplicações de renda na cor nude. Bordei três peixinhos e barras laterias geométricas, em ponto cruz. Esse tipo de bordado é também quase um símbolo nacional. Fiz contornos com galões, vieses e sinhaninhas. Inclui uma barra vermelha ao alto, para inserir uma cor mais viva ao conjunto e fazer uma reverência ao trabalho. Afinal toda a lenda se baseia na luta de homens simples em ação junto à natureza, labutando pela sobrevivência. Finalizei com fitas nas cores verde, amarelo e azul em tons variados e com o cordão na cor verde escura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário