sábado, 27 de setembro de 2014

A DIFÍCIL DECISÃO DE DEIXAR AS PLANTAS COM SEDE

Sempre que vou viajar, mesmo que seja por poucos dias, cumpro um ritual quase sagrado: regar bem as plantas e, caso seja por um tempinho maior, deixar alguém encarregado de fazê-lo.
Agora, com nossos reservatórios de água em situação crítica, aqui na região, preciso  decidir algo mais difícil que não lavar o carro, ou as varandas: deixar minhas "bichinhas" com sede. Principalmente, levando-se em conta que não apenas elas sofrerão com isso, mas também os animaizinhos que vivem em sintonia com elas. 
Só de pensar que os beija flores que costumam tomar banho na água que as bromélias reservam em seu cálice, não vão poder fazer isso por uns dias, me corta o coração. E a possibilidade de alguma delas não resistir é ainda mais desoladora. 

Dessa forma, com o coação apertadinho, estendo a mangueira e, começando pela horta, deixo cair só um pouquinho em cada uma, excluindo aquelas que são mais resistentes. O ritual que duraria cerca de uma hora ou mais, persiste apenas por alguns poucos minutos. Ainda assim, não deixo de vivenciar certo desconforto diante da possibilidade de vir a faltar água na cidade, o que, felizmente, ainda não está acontecendo. Mas fecho a minha mala com a sensação de que não estou deixando minhas filhinhas totalmente desprotegidas.

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