sábado, 2 de agosto de 2014

FIM DAS FÉRIAS: DESAFIOS NOVOS

Já disse aqui em texto intitulado “A difícil e delicada arte de gerenciar pessoas”, o quanto é complicado exercer funções relacionadas a essa área.
Depois de trabalhar um bom tempo com gestão de recursos humanos, agora estou encarando um desafio ainda maior: ensinar na faculdade a disciplina Administração de Recursos Humanos.
Não vou dizer que ando perdendo o sono por causa disso, porque não seria verdadeiro. Tenho dormido muito bem, graças a Deus, e às  custas das caminhadas e da ioga. Mas que estou apreensiva, não nego. Ando debruçada em cima de vasta literatura, revirando experiências, enfim, buscando me preparar um pouquinho para apresentar um trabalho digno. Meu maior desejo é, acima de tudo, despertar nos estudantes a curiosidade e a sensibilidade por essa área, ainda tão pouco valorizada, mas que é a alma das organizações.
Preparando: muitos livros para consultar
Se considero difícil trabalhar na área, o que pensar  da tentativa de preparar pessoas para atuarem como futuros gerentes e dirigentes de Recursos Humanos? Posso prever, antes de iniciarem as aulas, que o mais complicado não será apresentar-lhe métodos e técnicas de gestão de pessoas, mas despertar o interesse a sensibilidade desses meninos ainda tão jovens e inexperientes para uma área tão complexa.
Tudo poderia ficar mais simples seu eu assumisse esse discurso fácil que povoa boa parte da literatura atual da área, infestada por manuaizinhos de autoajuda daqueles que oferecem respostas fáceis e rápidas para problemas de elevada dificuldade.
Recuso-me valentemente a adotar essa conduta, acreditando, cada vez mais, na riqueza de possibilidades gerada por uma interação bacana entre professor e estudantes. Esta, quando praticada a partir de intensa troca de experiências e percepções, e ancorada nos estudos e teorias consolidados na área, torna  possível estimular um ambiente de inquietação e interesse, base para o início de um processo dinâmico de aprendizagem.  
Frio na barriga, sim, desânimo, nenhum. Trabalho pouco, para dar conta de  manter a motivação elevada, nos momentos mais desafiadores. Assumir essa disciplina contribui para a minha busca por maior diversidade no trabalho. 

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