Posso ser suspeita por fazer uma exaltação às maravilhas
e belezas de uma viagem de carro, já que o meu medo de avião acaba levando-me a
preferir o automóvel como meio de transporte, sempre que a distância e o tempo permitem.
O trajeto é, em minha opinião, dependendo das
estradas, parte significativa da viagem, principalmente quando temos o
privilégio de fazê-lo em bons carros e com motoristas habilidosos e prudentes.
Na semana passada, como já disse aqui no Blog,
fomos parar em Barreiras, na Bahia, para uma visita à família do meu irmão que
mora lá há cerca de dez anos. Lamento ter adiado a viagem por tanto tempo. A
região, ao contrário do que se pensa, além de constituir-se em um polo de
cultivo de grãos e frutas, possui atrativos turísticos muito interessantes.
Mas disso vou falar em outro post. Hoje a minha
intenção é mostrar a beleza da viagem que incluiu o norte de Minas, parte de Goiás e um
bom pedaço da Bahia.
De Belo Horizonte até a divisa de Goiás, trafegamos primeiramente por Sete lagoas, Curvelo e Três Marias, região marcada por vegetação
exuberante, com predomínio de árvores de médio porte, com alternância entre
restos de Mata Atlântica e maior parte de cerrado.
Ponte sobre o Rio São Francisco |
Depois de atravessar o Rio São Francisco, a seca fica mais evidente e
surgem, em abundâncias, as veredas, pequenos riachos e lagoas, rodeados pela palmeira buriti, uma
lindeza.
Vereda e buritis |
Lindo o cultivo de algodão |
Sorgo a perder de vista: dourado contra o céu azul |
O pequeno trecho de Goiás percorre a região de
Formosa, tomada por plantações de soja e sorgo e quando adentramos a Bahia, o
cultivo do algodão, nessa fase do ano, época de colheita, é uma lindeza.
Além de palmeiras, como buriti, Jerivá e Guariroba,
outras espécies tipicamente brasileiras como o pequizeiro, a cagaita, os ipês e os cedrinhos, além de muitas outras, enfeitam a estrada do princípio ao fim.
Pequizeiro na beira da estrada |
E mais ainda. O céu da região é lindo. Talvez pela ausência de
montanhas, contém uma luminosidade impressionante. É um delírio para os olhos, coisa pra não
esquecer jamais. Pena que a maioria das fotos que mostro aqui foram batidas com o carro em movimento. O ideal seria ir parando, sem dia nem hora para chegar e fotografar tudo com calma e delicadeza.
Mas porque não existe o céu na terra, vemos coisas que aborrecem: carcaças de pneus
e lixos jogados nos acostamentos e, tristeza maior, queimadas. Difícil acreditar
que alguém pode ter coragem de botar fogo em vegetação tão bonita.
Queimada, uma tristeza |
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