Praticamente
todo ano é a mesma coisa. Enfrentamos uma viagem longa, estradas cheias e tempo
chuvoso, para curtirmos uns dias de praia. Nós mineiros somos até gozados por
isso, mas o fato é que adoramos ir à praia. Pelo menos uma vez ao ano.
Somos
adeptos da crença que as montanhas nos oprimem. E que no litoral ficamos mais livres,
descontraídos e alegres. Por lá costumamos, como se diz, “soltar a franga”. E
não é difícil imaginar por que. (ou será porque?).
Somos todos índios, especialmente na praia. Ou melhor, retornamos às nossas origens.
Lá,
andamos descalços e quase pelados. Comemos com as mãos, no meio da areia.
Ficamos debaixo de barracas e brincamos na água feito crianças. Andamos
bastante, comemos muito peixe, milho verde e mandioca. Bebemos água de coco praticamente todos os dias. Ficamos com a
pela queimada, atravessamos trilhas de
pedras, andamos de barco. Amarramos uma
canga na cintura e nos enfeitamos com bijuterias coloridas,
verdadeiras quinquilharias, nas orelhas, nos braços, nos tornozelos...
Muitas
vezes enfrentamos estradas ruins e trilhas difíceis para ter acesso a praias
paradisíacas. Aliás, andar é o que mais fazemos na praia. Ficamos todos
exauridos, mas contentes.
No
geral escolhemos ir à praia com a família ou com amigos. Nos expomos
literalmente, deixando de saber se estamos plenamente em forma. Aliás, não há
lugar mais democrático. Na praia tem sempre alguém mais gordo ou mais magro do
que a gente, mais rico ou mais pobre, mais feio e mais bonito. Não importa se pagamos
micos um atrás do outro. Quase tudo acaba sendo divertido Quer coisa melhor?
Texto maravilhoso! Descrição exata do que os mineiros acabam fazendo na praia. Cheguei a lembrar as vezes que fui em algumas das prais do estado do Rio e Espírito santo. Fui transportado para esses lugares. Obrigado!
ResponderExcluirObrigada digo eu. Seu comentário me estimula a escrever mais.
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