Estimativas
da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) indicam que a taxa de desemprego
no Brasil, em dezembro último, caiu mais
uma vez, atingindo o percentual de 4,4%, contra 5,2% do mês anterior.
Desemprego em torno de quatro por cento é
quase pleno emprego. Não era sem tempo! Desde que me entendo por
gente, jamais havia convivido com índices tão elevados de ocupação da mão de obra
em nosso país. É muito bom saber que há trabalho disponível para todos que o
queiram.Como já disse por aqui, o trabalho é uma dimensão importante na vida das pessoas.
Nesse contexto, as organizações estão sendo
compelidas a repensar suas políticas de recursos humanos, visando atrair
pessoal qualificado e mantê-los em seus quadros. Treinamento e desenvolvimento passam
a fazer parte da rotina das instituições, pois trabalhador qualificado está
virando artigo raro.
Houve um tempo em que se dizia que as
organizações precisavam treinar, porque as escolas não preparavam os
profissionais para o trabalho. Ou que havia uma defasagem entre o profissional
que as empresas procuravam e os que as escolas formavam. Trata-se de uma
afirmativa no mínimo discutível. Em primeiro lugar porque as escolas não têm o
compromisso de formar profissionais ou trabalhadores para atuarem nessa ou
naquela organização. Escola tem que formar para a vida, priorizando o
desenvolvimento de competências essenciais: leitura e interpretação de textos e
raciocínio lógico matemático. Considero também salutar, que as escolas estimulem a
criatividade, a inventividade e desenvolvam o senso crítico. Tudo o mais são
habilidades complementares.
Mesmo para as escolas técnicas fica difícil
adaptar seus programas a exigências do mercado de trabalho. O papel da escola é
muito mais abrangente, envolvendo formação no inteiro sentido da palavra e não
apenas capacitação para o trabalho. O papel de treinar cabe melhor às
organizações que, com sua política de desenvolvimento de recursos humanos,
orientam suas ações para adaptação das pessoas às suas tarefas e atividades
específicas, com programas de capacitação e treinamento.
Esse momento é muito oportuno para refletir
sobre esse tema. Se antes, quando havia mão de obra farta e disponível tal
necessidade já existia, agora muito mais.
Constato com bastante alegria esse movimento
favorável aos empregados. Antes era comum ouvir de patrões e “chefes”: “quer sair? A porta da rua é a serventia da
casa. Logo teremos uma fila tentando ocupar a sua vaga”. Felizmente já não é mais assim. Várias
organizações estão tendo dificuldades para repor e ampliar o quadro de pessoal.
Diante dessa nova realidade, capacitar é praticamente uma exigência,
já que inexistem profissionais prontos disponíveis para o trabalho.
Além
disso, tem havido uma grande movimento entre profissões. Recentemente soube que,
aqui em nossa região, hospitais estão perdendo técnicos em enfermagem, para a
construção civil. Remunerações oferecidas a eletricistas e bombeiros estão
bastante mais atraentes, além da vantagem de horários regulares e fins de
semana garantidos.
Em situação de pleno emprego, não basta
treinar. É preciso instituir uma política de desenvolvimento e capacitação de
recursos humanos que deve estar atrelada, ou melhor, que deve fazer parte do
planejamento estratégico da organização.
Nunca é demais repetir que o primeiro passo é
a elaboração do diagnóstico organizacional. Somente após serem identificadas as
necessidades é que se deve dar inicio ao planejamento dos programas de treinamento
e capacitação. As fases ou etapas são as seguintes:
- Diagnóstico, ou levantamento de necessidades
de treinamento e capacitação;
- Elaboração de programas e projetos de
capacitação;
- Implementação e, ou execução dos programas;
- Avaliação da eficácia dos programas.
Seguindo as etapas, fica muito mais fácil
assegurar-se de que as ações estejam sendo direcionadas à resolução dos
problemas de inadequação de mão de obra, identificados no diagnóstico. O
desenho e a concepção dos programas devem, logicamente, privilegiar o
desenvolvimento de capacidades e habilidades necessárias ao exercício das
atribuições dos cargos. Se os programas forem bem executados é bastante
provável que a avaliação aponte melhorias de desempenho e adequação.
Estudos indicam que, quando planejados
adequadamente, investimentos em treinamento e capacitação costumam proporcionar
retornos rápidos e elevados. Mas não adianta, somente para ficar “na onda”,
sair treinando sem planejamento. Nesses casos, quando as ações são isoladas e
pontuais, fica difícil avaliar se os investimentos tiveram retorno, pois se não
se estabelecem padrões de desempenho, não há como medir e mensurar a eficácia de
programas e projetos de capacitação.
Olá Maria! Seu blog é muito bom, com vários textos interessantes! :)
ResponderExcluirBom, eu não sei se você se lembra de mim.. me chamo Ilka, e conheci você numa viagem de excursão de Viçosa para Belo Horizonte, quando você foi visitar sua irmã.. Conversamos bastante, e então você me deu seu cartão do blog.
Lembro que você me disse que se passasse na PUC-MG ou em outra universidade gostaria que eu lhe avisasse.
Por isso estou escrevendo este recado.
Hoje saiu a segunda chamada da PUC e fui aprovada! Entretanto, passei pelo sisu na UFPI(Federal do Piauí), e por ser federal optarei por ela. Ainda aguardo resultados.
Ficarei feliz se lembrar de mim, mas se não lembrar obrigada pelas palavras de apoio durante a viagem! :D
Abraços!
OI Ilka, claro que me lembro de você, a menina que passou na medicina e não conseguiu matricular por causa da burocracia. Fiquei muito contente com a notícia da sua aprovação em medicina para uma federal. Vai lá, faz seu curso com dedicação porque o Brasil precisa muito de bons médicos. Sua mãe deve estar muito orgulhosa de você. Continue mantendo contato. E obrigada pela visita ao blog. Abraço.
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ExcluirMuito obrigada pelas palavras e confiança, Maria! Tentarei fazer o meu melhor!
ResponderExcluirMais uma notícia que não estou acreditando até agora: passei na UFMG!!!
Grande abraço!
Agora sim, você brilhou, Ilka. Parabéns enorme pra você. Daqui a pouquinho já começamos a chamá-la de doutora. Espero que a sua passagem pela UFV e por Viçosa fique na sua lembrança como um tempo de aprendizado e boas amizades. Abraço.
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