domingo, 18 de novembro de 2012

BOSQUE



Numa de suas memoráveis crônicas, Rubem Alves relata que ao lado da sua casa havia um terreno baldio. E que ele tinha um sonho de ter um jardim. Aí um dia... “O meu sonho fez amor com a terra e o jardim nasceu”.
Mini flamboyant enfeita o bosque
Quando comprei o lote, no qual construí a casa onde moro, um das razões que foram decisivas para a escolha do terreno foi que em frente havia uma área de preservação ambiental. Durante o período em que construí a casa não reparei muito, mas logo que me mudei ficava triste de, ao chegar à varanda do meu quarto, observar um terreno baldio cheio de mato.  Então, jardineira que sou, pus mãos à obra para mudar o lugar, o que faço até hoje. Confesso que não tem sido fácil, pois de cada dez mudas que planto, acabo perdendo umas seis para as formigas, para os gaiatos que as roubam ou simplesmente as arrancam ou mesmo por causa da seca.
Hoje quase sempre que chego à varanda me deparo que alguma espécie florida. Já temos lá ipês, fedegosos, quaresmeiras, mini flamboyants, durantas, murtas e outras mais. 
Algumas frutíferas já produzem como as amoreiras, as pitangueiras e um ingazeiro. Ainda aguardo a goiabeira, a mangueira e o pé de acerola que estão preguiçosos de produzir. Meu pé de abacate, infelizmente roubaram. Mas já estou com outra mudinha quase no jeito de replantar lá.
Nesta semana me enchi de orgulho porque os dois pés de amora e os três de pitanga estão bem carregados e vejo que pessoas param para colher e apreciar as frutinhas. Tem coisa melhor, além de abrir a janela e dar de frente com um bosque florido e frutado?
Amoreira carregada
Pitangas colhidas no bosque 



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