Ao se tentar empreender uma viagem longa, definir o roteiro constitui
uma atividade importante.
Planejamos essa viagem, tendo os Lençóis Maranhenses como o nosso
objetivo principal. Queríamos incluir Jericoacoara
(CE), Chapada Diamantina e Itacaré (BA), passando por Juazeiro do Norte (CE) e Petrolina (PE). O roteiro previa também
paradas em cidades de porte mínimo que permitissem pernoites confortáveis, para
que percorrêssemos em média de 400 a 600
km por vez. Para a elaboração do traçado da viagem, utilizamos informações
disponíveis na Internet, mapas físicos e guias de viagem, além de recomendações
e dicas preciosas de familiares que conheciam bem as estradas do norte de
Minas, da Bahia e do Piaui.
Saímos de Viçosa, seguindo por Belo Horizonte. A primeira pernoite
estava prevista para o Norte de Minas. Subimos por Sete Lagoas, alcançamos,
Montes Claros e chegamos em Janaúba,
onde dormimos.
No dia seguinte, depois de um pequeno trajeto, fizemos, de balsa, a travessia do Rio São
Francisco, e rumamos para Barreiras, na Bahia. Nosso segundo dia de viagem foi o
mais complicado. Apesar de estarmos
percorrendo uma estrada federal, a ausência de sinalização era um abuso. Havia interrupção
por falta de ponte e o desvio indicado estava, ele também, interrompido por uma outra ponte danificada pelas chuvas. Tivemos que seguir por desvio alternativo longo
e bastante perigoso, não apenas por completa falta de sinalização, como
também pela precariedade da via. Apesar
disso e, principalmente por contarmos com um motorista extremamente habilidoso
e um carro com tração nas quatro
rodas, chegamos dentro do prazo previsto e sem maiores intercorrências. Em Barreiras,
no oeste baiano, visitamos familiares e ficamos por duas noites.
Depois, seguindo para Teresina, (PI), passamos por Correntina e chegamos a Cristino
Castro, onde pernoitamos.
Fonte jorrante |
Ao dar prosseguimento à viagem, no dia seguinte, visitamos um singular
fenômeno da natureza, um poço jorrante, cujas águas brotam espontaneamente do
lençol freático, com força suficiente para serem alçadas a alturas de até 20
metros.
Depois de almoçar em Floriano, seguimos para Teresina, no Piaui. Nesse percurso parte da
estrada, cerca de 100 km encontrava-se em estado bastante precário com buracos
por toda a pista e intenso trafego de caminhões. Na capital piauiense, três
noites e dois dias foram um bom tempo para conhecer a cidade.
De lá até São Luiz (MA), foi um percurso tranquilo feito em apenas um
dia. Chegamos à cidade animadíssimos. Optamos por hospedar na orla que é muito
atraente, cheia de restaurantes e quiosques. Tomamos nosso primeiro banho de mar da viagem,
curtindo a praia do Calhau.
Ainda no Maranhão, seguimos para os Lençóis Maranhenses onde decidimos
por hospedar em Barreirinhas. Era, como já disse, nosso destino mais cobiçado. Conhecer e curtir parte dos Lencóis Maranhenses tornou-se o marco inesquecível dessa viagem. Principalmente por causa do tempo chuvoso, ficamos dois dias, embora o desejo fosse de conhecer mais desse maravilhoso paraíso.
Rumando ao Ceará, com destino a Jericoacoara, passamos por Luiz
Correia, onde almoçamos resolvendo se ficaríamos para visitar o Delta do
Parnaíba. Ai fizemos a primeira alteração no roteiro inicial, já que, por
consenso, decidimos não permanecer.
Passando pela cidade de Jijoca, fizemos o difícil percurso até a vila de
Jericoacoara, que fica dentro do Parque Nacional de mesmo nome e cujo acesso
somente é permitido juntamente com um guia local autorizado.
Depois de ficarmos por três dias, com pena e querendo ficar mais, fizemos outro ajuste no roteiro, excluindo a Chapada Diamantina (BA) e rumamos
para Quixadá (CE), onde pernoitamos. Seguimos com destino a Petrolina (PE), passamos por Juazeiro do
Norte no Ceará, onde visitamos o Memorial Padre Cícero. Pernoitamos em Salgueiro(PE)
e alcançamos a divisa desse estado com a Bahia, onde o Rio São Francisco
delimita as cidades de Petrolina e Juazeiro.
Fizemos, nesse dia, nosso menor percurso de estrada, cerca de 250 km. Chegamos
cedo a Petrolina, a ponto de apreciar a linda orla do rio e fazer a inesquecível travessia
de barco até Juazeiro. Era carnaval e a
noite foi animada por blocos de rua. Muito frevo, capoeira e grupos afros fizeram
nossa curta permanência na cidade ficar marcada por uma impressão muito boa.
Depois rumamos para Itacaré (BA), fazendo mais uma pernoite em Santo Antônio de
Jesus. Em Itacaré ficamos por três dias, de onde seguimos para Prado, também na Bahia, onde fizemos a última
parada de dois dias.
Daí seguimos por Guarapari (ES), onde paramos para dormir e retornamos
a Viçosa. No início do trecho da estrada que liga as duas cidades, fomos interrompidos por dois alagamentos no asfalto. Mais uma vez, não havia qualquer indicação, houve um engarrafamento enorme, o que provocou um atraso de mais de duas horas no prazo previsto para a nossa chegada. Ao final, completamos um percurso de aproximadamente 7.200 k, feitos em 26 dias
de viagem.
Como o título dessa postagem indica, a ideia aqui foi apenas de
mostrar o roteiro. Em próximas oportunidades, contarei um pouco mais da
impressão que tivemos dos lugares por onde andamos. Até breve.
O grupo durante a travessia de balsa de Barreirinhas para os Lençóis maranhenses |
Saudades das minhas viagens agora está impossível, mas quero voltar o quanto antes.
ResponderExcluirhoroscopo do dia