É
tão curta a nossa passagem pela vida. Mesmo que ela seja longa... Minha avó
materna viveu 92 anos e sempre nos dizia: - aproveite a vida, minha filha, que
tudo passa tão rápido. Meu Deus, como essa percepção fica clara depois dos
cinquenta!
Mas
o bravo, desolador mesmo, é perceber, a toda a hora, que esse “carpe diem” a que a minha avó se referia,
e que muitos devem ter ouvido, não depende apenas de nós. [Aliás, esse tema é tratado lindamente no filme
Sociedade dos Poetas Mortos. Quem não
viu, vele a pena].
Tudo
isso são reflexões pra tratar de assunto tão banal, que chego a ter vergonha de falar. Mas é preciso dizer que há montes,
aliás, muitas moitas de mato nas ruas. E como isso nos diz respeito, nos
incomoda, aborrece, enfim, detona com a nossa tentativa de ter uma vida mais ou
menos, porque boa de tudo sabemos que não tem jeito. Doenças existem aos
montes, e sempre estão a incomodar a nós e aos outros (que triste!) e a morte,
à espreita, tão certa, tão danada. Cruz credo,
nem é bom pensar.
Por tudo isso, bem que podíamos viver sem esses pequenos aborrecimentos, sem o
mato nas ruas, por exemplo. Bastava
apenas que a administração municipal, que é tão efetiva na hora de cobrar
impostos, taxas e outras amolações, fizesse a sua parte.
Agora
felizmente temos uma lei que determina que os proprietários de terrenos e lotes
urbanos sem construção façam seus muros e calçadas. Ainda bem! E parece que esse pessoal
(que, em geral vive de especulação imobiliária), está sendo cobrado e
notificado de suas obrigações.
Aqui no meu bairro, muitos já providenciaram o
que a lei está exigindo, muros e calçadas nos lotes vagos, têm sido feitos. Mas
não basta. A prefeitura tem que fazer a sua parte. Aliás, não esta diretamente,
mas o seu preposto, o SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto, a quem compete
cuidar da limpeza urbana, incluindo a capina das ruas. Cadê essa gente, meu
Deus? Por aqui não têm passado. Ou, se o fazem não tem olhos pra ver que o mato
está tomando conta das ruas.
O proprietário fez muro e calçada. Cadê a prefeitura, ou o SAAE, com a capina? |
Nossos impostos têm sido cobrados cotidianamente.
Na conta de água, as taxas de limpeza urbana nunca são esquecidas. E se nós, pobres mortais, nos esquecermos de pagá-las, por poucos dias que seja, somos, sem piedade, punidos com o mais
cruel dos castigos: ficar sem água. Não seria tão melhor se cada um fizesse a
sua parte, nessa nossa inglória tentativa de viver um pouco melhor?
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