quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ÍDOLOS DE BARRO



A propósito do julgamento do processo do mensalão, penso que, até agora, quem melhor se expressou foi o Juca Kfouri, no caderno de esportes da FSP, no último domingo e também no seu blog (http://blogdojuca.uol.com.br/) . Ao fazer uma analogia entre a condenação de José Dirceu e a do ciclista Lance Armstrong, por uso de doping, Kfouri relata que anda macambúzio e se “sentindo uma verdadeira besta”.
Não é prá menos. É brabo e doloroso constatar que nossos ídolos são de barro. Mais triste ainda, é quando percebemos, que, por mais contraditório que possa parecer, isso é confortante, pois, de certa forma, nos redime pela nossa insignificância. Ao mesmo tempo que nos condena a sermos eternos sorumbáticos. Não me restou outro sentimento que não o de Fernando Pessoa:
“........................................
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
..........................................”
(Fernando Pessoa como Álvaro de Campos, em Lisbon Revisited)

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