terça-feira, 16 de março de 2021

ONDA ROXA EM MINAS GERAIS

Por aqui, embora tudo ande muito trista, há muita boniteza. Basta andar um pouco mais longe, com o olhar atento e facilmente se encontram motivos para encantamento. A lobeira, ou fruta de lobo, é um arbusto típico do cerrado e muito comum em pastagens por quase todo o estado de Minas Gerais. Sua folhagem prateada destaca lindamente a floração roxa.
O Jacarandá Pau de Angu me parece a árvore mais representativa desses tempos sorumbáticos. Além de cheia de espinhos, mistura as cores roxo e marrom. Essa sim, a cor mais aborrecida de todas.
Trapoeraba roxa é uma planta que divide opiniões. Alguns acham-na linda para enfeitar canteiros e até para fazer bordaduras, principalmente em espaços maiores. Pessoalamente considero muito invasiva, "esguelada" e difícil de manter em um jardim ordenado.
Tumbérgias em cercas vivas ficam uma beleza. Essa flor delicada e de folhagens brilhantes, além de valorizar o contorno de espaços, enfeita canteiros e, até mesmo como exemplar isolado costuma ficar bonita.
Geralamente mais utilizada como cerca viva, a Duranta, se não for podada, torna-se um interessante arbusto que, além de lindo pelas suas delicadas flores roxas, oferece bonitos cachos de frutinhas bem amarelas. Vem dai o seu nome popular: Pingo de ouro. Além disso, ela costuma atrair muito as borboletas.
A Perpétua, aquela que se cheirasse seria a rainha das flores, tornou-se uma planta rara nos jardins atuais. Embora seja roxa, por alguma razão que desconheço, na foto aparecem avermelhadas em um lindo canteiro circular no campus da Universidade Federal de Viçosa. Uma beleza que dá gosto ver. Só por ela, já vale uma caminhada.
Ele tem o cheiro da quaresma e, mesmo fora dos altares e andores, o manjericão costuma fazer bonito nas hortas, em vasos ou canteiros. Alem de ser um tempero especial para massas e quibes, melhora também o sabor de outras iguarias.
Não se pode pretender fazer um ensaio com flores que representam a quaresma mais triste de todos os tempos, sem inclui-la. A árvore que dá nome a esse período é exuberante e, nem mesmo aos olhos mais desatentos, costuma passar despercebida.
A versão quaresmeira miúda não perde para a árvore. Ela forma touceiras e, estando em sol pleno, costuma oferecer floradas exuberantes.
E não saia sem ela, a companheira inseparável nesses tempos tristes.

Um comentário:

  1. Obrigada por expor a beleza dessas plantas seus nomes e da descrição cuidadosa!

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