O rio é nossa mãe, disse o velho pescador. A bordadeira registrou as palavras que estão expressas em um enorme estandarte exposto na sede do Parque Estadual de Itaúnas no Espírito Santo, distante apenas 30 km da divisa com a Bahia. Itaunas, cujo nome tem origem na língua tupi-guarani, significa pedra negra, uma referência às formações rochosas escuras do fundo do rio que banha a região.
Bordados contam a história do lugar |
Rio Itaúnas que separa a vila do mar |
Resta hoje, visível no local, apenas a casa do último casal de moradores a deixarem a antiga vila. Eles viviam da pesca e do cultivo de mandioca e de frutas nativas da região, como o caju, a pitanga e o coco da Bahia. A moradia, a casa do Tamandaré, encontra-se em lamentável estado de abandono, apesar de haver uma promessa de restauração por parte do poder público do estado.
Casa do Tamandaré: única casa restante da vila original |
Transformado em área de proteção ambiental, em 1991, com a criação do Parque Estadual de Itaúnas, o local tornou-se uma unidade de conservação e proteção integral dos recursos naturais. A criação foi justificada pela ocorrência de grande concentração de sítios arqueológicos, indicando que a região já era habitada por pelo menos 3 a 4 mil anos e porque as suas praias são importantes locais de reprodução de tartarugas marinhas. O parque tem também os objetivos de promover pesquisa científica, educação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.
O caminho da praia é enfeitado pela vegetação local |
A partir da década de 1970, a vila foi sendo reconstruída do outro lado do rio Itaúnas e transformou-se em um lugar bucólico e sossegado, constituído por casas simples, com ruas de terra batida e que possui apenas cerca de 2.000 moradores. Tornou-se um paraíso de amantes da natureza, pessoas que gostam de caminhar e buscam praias bonitas, limpas e protegidas da especulação imobiliária. Itaúnas é também uma referência nacional para os apreciadores do forró, que procuram a região principalmente no mês de julho, quando ocorre o Festival nacional do forró.
O mar faz desenhos espetaculares na areia |
Q belas fotos, amiga viajante!
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