Neste momento em que, em Viçosa, se comemora a sentença da justiça que
determina a cassação do prefeito e do seu vice, há um convite no ar. Ainda que
o motivo da decisão não tenha sido o desmando e a falta de competência da
administração municipal, mas sim questões eleitorais, a hora é boa para
reflexão.
Não há dúvida. Precisamos de uma gestão
pública comprometida com o bem estar da cidade e empenhada em zelar pela
difícil tarefa de promover melhores condições de vida à população. Desculpem se esse é um discurso batido, mas também a população precisa fazer a sua parte.
Numa rápida caminhada por ruas próximas ao centro, na manhã de hoje, não
precisei ir longe para constatar a falta de educação e de cidadania de boa parte
da população.
Lixo jogado na calçada |
Meio fio obstruindo o passeio |
Carros estacionados nas calçadas,
sobressaltos nos passeios das casas, lixo atirado fora da lixeira. De um lado, a administração publica que além
de não fazer a sua parte nos cuidados com o espaço público, também não cuida da fiscalização. Do outro, os “sem noção”, com os quais temos que
conviver no nosso dia-a-dia. É incompreensível,
mais que isso, é lamentável. Boa parte da população parece pensar que a
rua é o quintal de sua casa e age como se respeitar o espaço público fosse obrigação
para o outro, não para si.
Carro obstruindo a passagem de pedestre |
Mais uma vez... |
Assim fica difícil. De um lado, administração
ineficiente, do outro, povo mal educado. Ou não é bem assim? Embora estejamos
acostumados a perceber como dimensões opostas, esses são aspectos complementares
e fazem parte de um círculo vicioso difícil de ser quebrado. Má administração e
povo mal educado são dimensões intrinsecamente relacionadas.
Romper esse círculo vicioso demanda muito empenho dos dois lados. O mais esperado é que a iniciativa seja da administração pública e que esta não somente faça a sua parte, mas oriente a mudança de conduta da população.
Romper esse círculo vicioso demanda muito empenho dos dois lados. O mais esperado é que a iniciativa seja da administração pública e que esta não somente faça a sua parte, mas oriente a mudança de conduta da população.
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