Há
artistas cuja importância perpetua-se por séculos e que em vida jamais venderam uma obra. É o caso de Van Gogh, por exemplo.
A
relação entre arte e comércio dá o que falar. Referindo-se ao tema, no decálogo
do artista, Gabriela Mistral diz: “não buscarás nas feiras nem levarás tua obra a
elas, porque a beleza é virgem, e a que está nas feiras não é Ela”. É de observar que, ao referir-se à arte, a escritora tenha grafado o Ela com maiúscula.
Aqui
no Brasil, é interessante reparar como os artistas se vendem. E não apenas
cobrando cachês milionários, mas também fazendo propaganda dos mais variados
tipos de produtos e serviços. Mais parecem comerciantes do que propriamente
pessoas que escolheram ter a arte como profissão.
Recentemente,
um cantor intitulado rei, deixou de ser
vegetariano, ou tem dito que o fez, para virar garoto propaganda de um
frigorífico.
Também
a maior dama do teatro brasileiro, uma senhora de mais de oitenta anos, detentora
de prêmios internacionais de cinema e teatro, recentemente colocou sua imagem a
serviço da propaganda do governo de um estado que ela mal visita.
Quanto
a cantoras populares, jogadores de futebol e apresentadores de televisão, nem sabemos
para quantas marcas ou produtos vendem a sua imagem.
Pelo
que divulga a própria imprensa os cachês são milionários. Em troca disso, esses “artistas” expõem ostensivamente sua
figura nas mais diversas mídias, onde tentam vender todo tipo de quinquilharia.
Quem
sustenta isso tudo é a ingenuidade de boa parte da população que se deixa
influenciar por famosos que divulgam produtos que, em grande parte das vezes, não consomem.
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