Laene Teixeria Mucci é poeta de primeira grandeza e modéstia do tamanho do seu talento. Ao publicar um de seus poemas, rendo homenagem a essa grande mineira de quem ando com muita saudade.
A CRIATURA E SUA LOUCURA
A loucura é velha como a
criatura...
Nasceram do mesmo ventre,
pintadas de verde,
na mesma hora da noite e do
dia...
Banharam-se nas águas
vermelhas do mesmo rio
E se nutriram juntas de fome
e de frio no seio materno.
A criatura, morena, queimada
de sol,
a loucura, cinzenta, molhada
de chuva.
Se uma delas se pronuncia, a
outra emudece...
se a primeira sorri, a
segunda entristece
e batem sozinhas os pés sobre
o chão...
Quando a loucura desperta,
a criatura vira para o canto
e finge que adormece sem dar satisfação...
Vão vivendo e convivendo
assim,
meditando as overdoses de
gritos e silêncios,
persignando mil vozes para
ganhar o céu.
(Laene Teixeira Mucci, em Versos Peregrinos).
Carmo, amiga, querida,
ResponderExcluirEssa Laene é mesmo de enlouquecer!
E só vc pra sintonizar tamanha sensibilidade
celebrando a arte!
No próximo domingo tem teatro na porta de casa lá em Ponte N, vamos almoçar lá?
bj
Se der, vou sim. Confirmo no final da semana.
ExcluirBeijo.
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