Santa Inês, ou Agnes em latim, viveu em Roma, por volta do século III. Conta a tradição que era uma jovem muito bonita e tinha diversos pretendentes, inclusive o filho do prefeito, que queria tê-la como a sua esposa. No entanto ela não queria se casar. Sentindo-se ofendido, ele a denunciou e Inês foi condenada a viver em um prostíbulo, onde foi martirizada, sendo obrigada a expor-se nua. Nessa ocasião, seus cabelos teriam crescido de maneira repentina e coberto a sua nudez milagrosamente.
Morta aos 13 anos,
a história de Santa Inês, vendida criança a uma autoridade pelo próprio pai,
ainda persiste em algumas regiões do mundo, que conservam esse perverso costume
de trocar meninas por dinheiro, bens, ou prestígio entre poderosos. A santa, comemorada no dia 21 de janeiro, é
reverenciada popularmente como a defensora da pureza e das convicções acirradas.
A peça da santa que foi homenageada pela minha família, dando-me o seu nome, faz um tributo à infância e às suas brincadeiras. Usa elementos lúdicos incorporados em toda a composição, que é feita sobre tecido de juta vermelha, onde aparece a imagem da santa ocupando a posição central. Há uma profusão de aplicações em recortes de rendas e retalhos em praticamente todo o estandarte. O franjado foi composto por letras, que formam a palavra AGNES, e por brinquedinhos e badulaques improvisados em formatos, cores e tecidos diferentes. Reforçou-se, assim, a alusão à infância, como uma tentativa de resgatar a inventividade das crianças, especialmente daquelas que, mesmo não tendo brinquedos, encontram maneiras de deixar fluir a imaginação e a fantasia.
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