sábado, 6 de fevereiro de 2016

Diário da Chapada Diamantina – 5. Dia de Andar com Calma e Conhecer a cidade

Até aqui nossa viagem vinha sendo marcada pela correria. Todo dia levantava-se bem cedo, preparava-se um lanche e partia-se para os passeios na região, cujas opções não são poucas.  Não se cogitava almoçar, pois as trilhas no geral são longas, as atrações são muito interessantes e convidam a permanecer o dia inteiro. O retorno era quase sempre à noite.
Uma das  opções de passeio que pareceu atraente ao meu grupo de viagem para o nosso quarto dia de permanência na Chapada diamantina não me seduziu. A proposta deles era de viajar cerca de 200km (ainda vou falar por aqui da extensão da Chapada) para visitar duas atrações badaladas: Gruta Azul e Pratinha, que ficam além do extremo norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina. A ideia não me pareceu das melhores, primeiramente porque, como já disse, grutas não me  atraem, depois pela necessidade de percorrer tão longa distância sabendo que havia coisas e lugares interessantes a ver mais por perto.
Ainda não andara por Mucugê. Aquela linda cidadezinha que nos hospedava e que víamos apenas de manhã e à noite quando chegávamos dos passeios, me convidava a explorá-la. Dessa forma, optei por passar um dia com mais calma e conhecer a cidade.
Ao contrário dos outros dias, comecei acordando tarde, coisa que já gosto de fazer até no meu dia-a-dia e muito mais quando estou de férias.
A cidade é lindinha, com casas e edificações em estilo colonial  bem preservadas. O conjunto  é tombada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional.  O calçamento em pedras no tom rosado complementa a boniteza.
Casas coloniais e calçamento em pedras rosadas
Igreja de santa Isabel

Na praça dos Garimpeiros há um bonito jardim atravessado por um riacho, sobre o qual se ergueu uma ponte no estilo jardim japonês. 

Jardim da Praça dos Garimpeiros
 Fui também ver  a atração mais famosa da cidade que é o único  cemitério bizantino do Brasil, com jazigos em forma e igrejas brancas. É  algo bastante curioso, principalmente se se levar em conta que encontra-se em pleno sertão baiano e incrustado em uma montanha de pedras.
Cemitério em estilo bizantino

Sinceramente, a comida não é  bem o que a Bahia tem de melhor. Em Mucugê não foi diferente da impressão que trago de outras viagens ao estado. Resolvi almoçar no restaurante mais badalado do lugar, mas, ainda assim não foi grande coisa. Comida correta, lugar bem limpo, atendimento razoável. Nada mais. No final da refeição, uma ambrosia de sobremesa, salvou a fama do lugar.
Apesar de a cidade ser historicamente muito rica, o Museu Municipal é pobre em acervo. Não há sequer uma menção aos sítios arqueológicos da região. Voltarei a falar desse assunto oportunamente. Visitei também alguns presépios em casas de moradores que costumam deixar suas portas abertas convidando os turistas a conhecer sua rica tradição de encenar o nascimento do menino Jesus utilizando galhos secos, troncos caídos de árvores e muitos musgos e orquídeas da região. 
Era dia de feira. Aproveitei para comprar ingredientes de salada e frutas típicas.
Andava com saudade de nossa comidinha de Minas. Retornei a tempo de preparar um jantarzinho. Fiz uma galinhada e um feijão fradinho à moda mineira que, confesso sem modéstia, ficaram de comer rezando.
Jantarzinho mineiro
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