Até aqui nossa viagem vinha sendo marcada pela
correria. Todo dia levantava-se bem cedo, preparava-se um lanche e partia-se para os
passeios na região, cujas opções não são poucas. Não se cogitava almoçar, pois as trilhas no
geral são longas, as atrações são muito interessantes e convidam a permanecer o
dia inteiro. O retorno era quase sempre à noite.
Uma das
opções de passeio que pareceu atraente ao meu grupo de viagem para o
nosso quarto dia de permanência na Chapada diamantina não me seduziu. A proposta
deles era de viajar cerca de 200km (ainda vou falar por aqui da extensão da
Chapada) para visitar duas atrações badaladas: Gruta Azul e Pratinha, que ficam
além do extremo norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina. A ideia não me pareceu das melhores, primeiramente porque, como já disse, grutas não
me atraem, depois pela necessidade de percorrer
tão longa distância sabendo que havia coisas e lugares interessantes a ver mais
por perto.
Ainda não andara por Mucugê. Aquela linda
cidadezinha que nos hospedava e que víamos apenas de manhã e à noite quando
chegávamos dos passeios, me convidava a explorá-la. Dessa forma, optei por
passar um dia com mais calma e conhecer a cidade.
Ao contrário dos outros dias, comecei acordando tarde,
coisa que já gosto de fazer até no meu dia-a-dia e muito mais quando estou de
férias.
A cidade é lindinha, com casas e edificações em
estilo colonial bem preservadas. O
conjunto é tombada pelo Instituto
Histórico e Artístico Nacional. O
calçamento em pedras no tom rosado complementa a boniteza.
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Casas coloniais e calçamento em pedras rosadas
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Na praça dos Garimpeiros há um bonito jardim atravessado por um riacho, sobre o qual se ergueu uma ponte no estilo jardim japonês.
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Jardim da Praça dos Garimpeiros |
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Cemitério em estilo bizantino |
Sinceramente, a comida não é bem o que a Bahia tem de melhor. Em Mucugê não
foi diferente da impressão que trago de outras viagens ao estado. Resolvi
almoçar no restaurante mais badalado do lugar, mas, ainda assim não foi grande
coisa. Comida correta, lugar bem limpo, atendimento razoável. Nada mais. No
final da refeição, uma ambrosia de sobremesa, salvou a fama do lugar.
Apesar de a cidade ser historicamente muito rica, o
Museu Municipal é pobre em acervo. Não há sequer uma menção aos sítios
arqueológicos da região. Voltarei a falar desse assunto oportunamente. Visitei também alguns presépios em casas de
moradores que costumam deixar suas portas abertas convidando os turistas a
conhecer sua rica tradição de encenar o nascimento do menino Jesus utilizando
galhos secos, troncos caídos de árvores e muitos musgos e orquídeas da região.
Era dia de feira. Aproveitei para comprar ingredientes
de salada e frutas típicas.
Andava com saudade de nossa comidinha de Minas. Retornei
a tempo de preparar um jantarzinho. Fiz uma galinhada e um feijão fradinho à
moda mineira que, confesso sem modéstia, ficaram de comer rezando.
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Jantarzinho mineiro |
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