Parque
Estadual da Pedra Menino (Ita corumim, na linguagem dos índios), ou Itacolomi
como os exploradores o batizaram, é uma área de proteção ambiental de propriedade do
Estado de Minas Gerais, que tenta preservar parte do ecossistemas natural da região de Ouro Preto e
Mariana. Possui relevância ecológica e histórica, sendo aberto à visitação e à
pesquisa científica.
Vegetação exuberante |
Há
muito tempo, Minas Gerais era uma enorme selva, repleta de árvores frondosas de muitas espécies onde viviam onças
pintadas, jaguatiricas, capivaras, tamanduás, tatus, lobos, macacos, cobras de tamanhos variados, preguiças e pássaros de várias cores e muitas
vozes. A região era habitada por povos livres de diversas tribos e que deram
sonoros nomes a lugares, montanhas e rios, como Cariri, Coropoxó, Guainá, Maxacali, Sabarabuçú e muitos outros. A região
era conhecida como Sertão dos Cataguases (XAVIER, 2009)¹. Então, o Parque tenta
preservar um pedacinho de tudo isso.
Mina d´água na trilha |
Como
se sabe, as expedições de antigamente orientavam-se pelos astros e pelos
acidentes geográficos. Quando os primeiros grupos encontraram metais e pedras
preciosas, em um riacho chamado Tripui, na região que em que hoje estão as
cidades de Ouro Preto e Mariana, os
exploradores guiavam-se pelo pico Ita Corumim (pedra menino).
Lindos os samambaiaçus |
É
triste saber que resta tão pouco de nossas matas e bichos e que até mesmo os
nomes dos locais e a topografia de boa parte do Estado tem sido tão modificados.
Como nos disse Drummond, referindo-se à
sua cidade natal também devastada: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói”
Divagações
à parte, falemos sobre o Parque Estadual do Ita Corumim, como o chamariam nossos ancestrais. É,
como disse, uma tentativa de preservar parte da riqueza natural da região, uma área bacana de ser conhecida. Aliás, toda
reserva ecológica merece ser visitada, sendo uma oportunidade interessante de
estar mais próximo à natureza. Pena que muitas delas não estejam cuidadas como
deveriam.
No
caso do parque do Ita Corumim, pudemos apreciar uma linda vegetação onde
predominam quaresmeiras, samambaiaçus e candeias.
Vimos também bromélias e até orquídeas, porém
poucas, em nossa caminhada de cinco quilômetros parque acima. Quanto aos
bichos, estão sumidos, aparecem apenas nos painéis explicativos do centro de
visitantes. A trilha de acesso ao centro está bem conservada e sinalizada, apesar de
conter placas pretensamente educativas, que deseducam como uma que expressa: ”aqui
homem e natureza vivem em harmonia”, como se o homem fosse uma entidade
separada da natureza. Apesar desse e de outros probleminhas como informações
precárias na portaria, vale a pena ir. No nosso caso, por desinformação, não
nos aventuramos na trilha de seis km que dá acesso ao pico, porque fizemos o
caminho ao centro de visitante a pé, num trajeto de cinco km, o que poderia ter
sido feito de carro, preservando nossas energias para subir o pico. Esperamos
fazer isso numa próxima visita. Como também já disse, voltar a Ouro Preto
sempre vale a pena e ao parque também. Uma visita somente é pouco para apreciar
tudo que se pode ver por ali.
Orquídeas no caminho |
Por
fim, uma explicação: disse no post anterior que seria minha filha quem
redigiria esse texto sobre a nossa visita ao Ita Corumim, mas estando ela
assoberbada no período de provas, ainda não foi dessa vez que o blog contou com
sua preciosa colaboração.
1 XAVIER, Angela L.. Tesouros, Fantasmas e Lendas de Ouro preto. 2009.
1 XAVIER, Angela L.. Tesouros, Fantasmas e Lendas de Ouro preto. 2009.
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