CLÁSSICOS DOS J A R D I N S TROPICAIS (FOLHAGENS)
Além das palmeiras, orquídeas e bromélias que
não classifiquei como clássicos, mas como indispensáveis, agora apresento
algumas espécies que são das que nunca saem de moda. Ou seja, são os “pretinhos
básicos” dos jardins tropicais. Separei-as em dois grupos:
clássicos de folhagens e clássicos floridos. Seguem primeiramente, os que considero
clássicos, no grupo das folhagens. Depois mostrarei os clássicos floridos.
Cica
(sagu)
- Penso que a espécie mais clássica de
todas, em jardins tropicais, é o sagu, ou cica. Essa é uma planta
pré-histórica de crescimento lento e que
não apresenta floração. Porém tem uma folhagem tão exuberante que não precisa
florir pra ser tão almejada. Tanto a cica macho quanto a fêmea são muito
bonitas. Não é necessário possuir as duas no mesmo jardim, já que suas sementes
não são fertilizadas. Essa espécie reproduz-se apenas por mudas. É, por isso e
também por ter um crescimento lento, uma planta cara. Mas vale a pena investir
em um ou mais exemplares, pois o sagu compõe jardins desde sempre e não sai de
moda nunca. É de fácil manutenção, exigindo, às vezes, apenas a retirada das folhas
velhas quando amarelam. Precisa de sol
pleno e de espaço, pois seu diâmetro, quando a planta atinge a idade
adulta, costuma atingir um metro e meio
de largura.
Pleomele
– Essa
planta é relativamente nova no universo dos clássicos em jardins tropicais.
Apareceu primeiramente, nos jardins projetados por Burle Max, que revolucionou
o paisagismo no Brasil. Antes dele, praticamente todos os jardins elegantes se
inspiravam nos jardins do Palácio de Versalhes na França. Depois de Burle Max,
as espécies tropicais foram valorizadas e os jardins ganharam novas cores e
formatos. A pleomele é linda e surpreende
pelo seu formato tortuoso, que vai se embelezando quanto mais o exemplar
cresce. É uma espécie que praticamente não exige manutenção. Pode ser cultivada
tanto a sol pleno como a meia sombra e não exige mais do que duas regas
semanais. Fica também muito bonita quando plantada em vasos, mas para se
adaptar em ambientes internos, precisa de bastante luz. A pleomele “variegata”, com folhagem listrada de verde e branco é mais vistosa. Mas a verde também é
muito elegante.
Dracena
Tricolor – Entre
a imensa variedade de dracenas, considero a do tipo tricolor a mais clássica. Essa
espécie é tão variada que depois pretendo fazer outro post, dedicado
exclusivamente a mostrar algumas de suas variedades. A Dracena tricolor vem
compondo jardins há várias décadas e continua tão utilizada ou até mais. É também uma espécie bastante resistente, tolera sol pleno, mas se adapta igualmente à meia sombra. Não apresenta floração, mas, como seu próprio nome indica, colore bastante o jardim com suas folhagens. Seu aspecto é escultural e dependendo da poda e da condução dos galhos, pode adquirir formatos muito interessantes. Para ficar bem vigorosa e colorida, precisa de sol pleno.
Nolina (Pata de elefante) – A Nolina é, além de tudo, uma planta nobre e rara, pois sua reprodução se dá apenas por sementes e essas são difíceis de encontrar. É, assim como o sagu, uma planta de crescimento demorado e que costuma custar caro. Toda a sua beleza está relacionada com o seu porte escultural. As folhas são lanceoladas e pendentes e se dispõem num tronco vigoroso que se alarga na base, tal como uma pata de elefante, dando origem ao seu nome popular. Depois de alguns anos costuma alcançar um porte bastante elevado (chegando a atingir mais de 3 metros de altura) e produzir cachos esbranquiçados. Também é planta de sol. Tolera ser plantada em vasos e ficar dentro de casa, desde que com bastante luminosidade. Nesse caso, suas folhas costumam ficar ainda mais alongadas.
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