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segunda-feira, 28 de maio de 2012
Auto Ajuda
Há bastante tempo leio jornal, pelo menos aos domingos. Mais que um prazer, é uma necessidade. Ao contrário da maioria dos brasileiros, não tenho paixão por futebol, nem pelos esportes de maneira geral. Pois de uns tempos pra cá, passei a ler com assiduidade uma coluna do caderno de esportes. Descobri uma preciosidade: nosso craque Tostão, que além de ter sido um dos grandes jogadores do Cruzeiro e da Seleção brasileira é médico e, embora recuse o rótulo, é também um filósofo, escreve uma coluna semanal no caderno de esportes do jornal que tenho hábito de ler. Ontem ele nos brindou com mais uma de suas crônicas memoráveis, que exala modéstia e sabedoria. Tá escrito lá: “Tento fugir dos lugares-comuns e, muitas vezes, não consigo. A vida, em sua maior parte, é um lugar comum. Acabo de escrever mais um. Todos somos repetidores. Só os gênios são originais. E eles são cada dia mais raros.
Há anos, critico as óbvias e ridículas palestras de autoajuda, motivadoras, tão freqüentes na sociedade e no futebol. Um time forte emocionalmente se forma aos poucos, nas conversas diárias, individuais e coletivas, nos olhares sinceros e no silêncio. Não com palestras de motivação.” (Caderno Esporte. Folha de São Paulo. 27-05-2012. p. 3).
Não somente compartilho a opinião do craque sobre as palestras de auto-ajuda, como estendo minha desconfiança também dos livros que se enquadram nessa categoria. O descrédito que Tostão manifesta, relativamente às palestras de auto-ajuda para jogadores de futebol, tenho expressado, para os meus alunos e para dirigentes, gerentes e empresários com os quais tenho oportunidade de conversar, em relação às organizações. Veja em SEM BRINCADEIRA
, mais detalhes sobre as razões segundo as quais não acredito nessa conversa.
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