terça-feira, 28 de maio de 2013

FORRAÇÕES PARA JARDINS E VASOS

Além dos gramados que tem o objetivo de cobrir a maior parte dos jardins mais espaçosos, deparamo-nos ao compor os jardins, com a questão das forrações, isto é,  como cobrir o solo  dos canteiros de forma a que não tenhamos a terra exposta, o que costuma não ser bonito.
São diversas as opções de como forrar  as áreas intermediárias entre as plantas nos canteiros, ou mesmo em vasos. Podemos utilizar  plantas  bem baixas, ou melhor,  rasteiras, como as bromélias de menor porte, a grama amendoim,(que na verdade não é uma gramínea),  a Érica e a Semânea, o rabinho de gato, entre muitos outras. São chamadas de forrações vivas.
A semânia  colore bem os canteiros que forra
Bromélias de pequeno porte usadas como forração



Érica é também uma forração bastante colorida
Além de plantas rasteiras, podemos também lançar mão de materiais  que cumprem bem o papel de cobrir o solo, dando o acabamento ao canteiro. As opções mais comuns são os seixos rolados, a argila expandida, a brita branca e a casca de pinus, entre outras.

Composição de orquídeas em vaso com forração de seixos rolados
Forração com brita grande


           A decisão do que utilizar vai depender da disposição que se tem para cuidar, do orçamento, e de outros aspectos como cor e características das plantas e, ou materiais. As forrações vivas, embora costumem demorar um pouco para ficarem plenamente formadas, quando prontas oferecem um visual inigualável. Embora deem mais trabalho, são de longe, as minhas preferidas. Mas as coberturas não vivas, como os seixos rolados, as cascas de pinus,  a argila expandida e até brita, também cumprem o papel. Particularmente não gosto muito da brita, mesmo a triturada, embora para canteiros maiores seja a opção mais em conta.
Existe também outro aspecto a considerar: como combinar a(s) espécie(s) do canteiro com a forração? É  uma questão que precisa ser avaliada ao se montar um jardim. A forração deve cumprir o papel de dar o acabamento ou finalizar o canteiro, mas ela não pode brigar, ou estar em desarmonia com as espécies que o compõem. Assim, deve-se estar atento à cor, à textura e principalmente à altura das espécies que vão conviver no mesmo canteiro. Importante também, no caso de forrações vivas, é que estas tenhas as necessidades em termos de tipo de solo, drenagem, sol e quantidade de água, semelhantes às das espécies que compõem o canteiro como um todo.
Em relação ao primeiro quesito a cor, não é difícil decidir, pois a liberdade de combinações adotadas nos jardins modernos permite ir além das clássicas opções de cores complementares ou cores opostas, seguindo o tradicional círculo das cores. Como entre  as espécies de forração predominam as de cor verde não há problemas em criar boas composições entre essas e  as espécies do canteiro.  No tocante à textura é bom ficar atento, pois se a textura da forração "brigar" muito com a das espécies do canteiro, costuma haver uma desarmonia que acaba comprometendo o resultado final do  jardim. Por fim, é bom ficar atento às alturas das espécies que irão conviver no mesmo ambiente. O ideal é que as forrações sirvam, não apenas para cobrir o solo, mas também conferir alguma harmonia ao olhar que percorre as diversas extensões do jardim. 
Cascas de pinus forrando um canteiro de buxinhos

Uma pergunta que sempre ouço: - é necessário dar o acabamento aos canteiros sempre com uma forração? Ou: – Nunca se pode deixar o solo descoberto? Essa, como a maioria das questões de como obter um jardim bonito, é uma questão de gosto. No meu caso, penso que, ao utilizar as forrações,  tem-se a impressão de que o jardim está pronto, mesmo sendo um jardim recém elaborado, embora isso não seja verdade, pois o jardim nunca está totalmente pronto. Ele, assim como nós, se reinventa a cada dia. Por outro lado, existem algumas plantas que são tão especiais que utilizar qualquer tipo de forração pode parecer desnecessário. Um canteiro de rosas, por exemplo, precisaria ser acabado com algum tipo de forração?

Um comentário: